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Cardeal Cipriani exortou a viver a cultura da solidariedade com os olhos da Fé

Lima – Peru (Segunda-feira, 01-08-2016, Gaudium Press) Um convite para viver a misericórdia, assim como expressar a solidariedade a partir dos olhos da Fé, foi o que fez o Arcebispo de Lima e Primaz do Peru, Cardeal Juan Luis Cipriani. O purpurado presidiu no dia 28 de julho a Missa e o Te Deum na Catedral de Lima pelo 195º aniversário da Independência do Peru.

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Após saudar e expressar seu agradecimento ao presidente saliente da nação, Ollanta Humala -a quem agradeceu “seu respeito e defesa da família como instituição fundamental da sociedade”-, o primaz peruano abordou diversos temas durante a homilia.

Entre eles recordou o tempo de graça que vive a Igreja neste ano de 2016 com o Ano Santo da Misericórdia que convocou o Papa Francisco referindo-se ao perdão: “‘É triste constatar como a experiência do perdão em nossa cultura se desvanece cada vez mais, parece evaporar-se. No entanto, o perdão é uma força que ressuscita a uma vida nova e infunde o valor para olhar o futuro com esperança’. Que oportuna ocasião é esta, caminho até o Bicentenário, para recordar a aplicação prática da Misericórdia na vida de nossa sociedade!”.

“Perdoar as ofensas é algo que com urgência deve semear-se no coração, especialmente nos mais jovens. Uma cultura que frequentemente se expressa com o ódio e a violência não é humana”, acrescentou o Cardeal.

Depois abordou as Obras de Misericórdia, enfatizando naquela espiritual de “ensinar ao que não sabe”. “Ensinar em primeiro lugar a ser uma boa pessoa, respeitando a ética natural e as normas de convivência, a honra, os deveres cívicos e a solidariedade de uns com outros. Não exagerar a carga ideológica do uso dos meios tecnológicos atuais e olhar com mais seriedade o campo das humanidades para fazer melhor ao estudante, em seu ser pessoa livre e responsável”.

Disse que cuidar dos enfermos é igualmente outra obra de misericórdia, assinalando que “um olhar aos enfermos dignifica a sociedade”. Uma dignidade que “não se limita somente à construção de infraestruturas mas, sobretudo, a presença do pessoal médico e assistencial qualificado em todos os rincões de nossa geografia”.

Em outro momento, o Cardeal Cipriani chamou aos peruanos a viver a cultura da solidariedade a partir dos olhos da Fé, não como um aspecto econômico: “A Igreja, especialista em humanidade, nos ensina a contemplar estas situações não com a frieza de um problema econômico de um orçamento. Não basta o dinheiro para resolver as grandes desigualdades que há em nosso país. Faz falta um suplemento de Fé em Jesus Cristo e uma tensão solidária”.

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Aos meios de comunicação lhes exortou a trabalhar pela construção da sociedade: “A rápida revolução tecnológica colocou os meios de comunicação no centro do poder e isso exige uma responsabilidade muito grande. ‘É necessário assegurar um pluralismo real neste delicado âmbito da vida social’. A tendência do chamado ‘pensamento único’ debilita a democracia e diminui a força criadora dos cidadãos que se sentem limitados e, em ocasiões, impedidos de manifestar-se com liberdade”.

Finalmente, chamou a fraternidade que nasce a partir da família. Para isso citou palavras que o Papa Francisco dirigiu para a Jornada Mundial da Paz de 2013: “A fraternidade é uma dimensão essencial do homem, que é um ser relacional. Sem ela, é impossível a construção de uma sociedade justa, de uma paz estável e duradoura. E é necessário recordar que normalmente a fraternidade começa a ser aprendida no seio da família. A família é a fonte de toda fraternidade, e por isso é também o fundamento e o caminho primordial para a paz, pois, por vocação, deveria contagiar ao mundo com seu amor”. (GPE/EPC)

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