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O templo do “Milagre do Oriente” no Japão será nomeado Patrimônio da Humanidade

Tóquio – Japão (Terça-feira, 02-08-2016, Gaudium Press) Um painel de especialistas do governo do Japão incluiu os lugares históricos da perseguição contra os cristãos em Nagasaki e Kumamoto, os quais incluem o templo católico de Oura, onde se registrou o que o Beato Papa Pio IX qualificou como o “Milagre do Oriente”. O processo de seleção dos lugares por parte da UNESCO será concluído em 2018, quando se espera que os lugares sejam incluídos na lista de Patrimônio Cultural da Humanidade.

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A recomendação destes lugares começou em 2015, mas nesse momento um comitê de conselheiros da UNESCO advertiu ao governo japonês que a documentação anexada era insuficiente. Por este motivo, as prefeituras de Nagasaki e Kumamoto reformularam suas apresentações seguindo as sugestões do Conselho Internacional sobre Lugares e Monumentos de focar-se mais na relação destes lugares com a perseguição dos cristãos, um elemento insuficientemente exposto anteriormente.

Apesar da lista de lugares que se submeterá a avaliação a partir de fevereiro de 2017 inclui vários templos e lugares onde os cristãos se ocultaram durante a perseguição do Período Edo (de 1603 a 1868), o mais chamativo é o Templo de Oura, construído pelos primeiros missionários franceses depois de mais de dois séculos de proibição da religião católica e expulsão de todos os missionários.

Ao concluir a construção do templo, em 17 de março de 1865, o Padre Bernard Petitjean encontrou um grupo de pessoas diante do templo, que pediram que se abrissem suas portas. Quando o sacerdote nos guiou dentro e se ajoelhou diante do altar, uma mulher lhe disse “Temos os mesmos sentimentos em nossos corações que você. Onde está a imagem da Virgem Maria?”. Cheio de assombro, o sacerdote descobriu uma comunidade de fiéis, os Kakure Kirishitans, que transmitiram a Fé de maneira secreta, sem recurso aos sacramentos e devendo ocultar suas orações, imagens religiosas e outras manifestações de Fé sob a aparência de elementos culturais e religiosos locais. Dezenas de milhares de crentes saíram à luz e o Beato Pio IX chamou “Milagre do Oriente” ao extraordinário acontecimento. (GPE/EPC)

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