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Santo Padre ressalta a coragem apostólica oferecida pelo Espírito Santo

Cidade do Vaticano (Segunda-feira, 15-08-2016, Gaudium Press) O Papa Francisco, inspiradno nas palavras de Jesus narradas no Evangelho de São Lucas: “Eu vim para lançar fogo sobre a terra, e como gostaria que já estivesse aceso”, dedicou a sua alocução, que precedeu a oração mariana do Angelus, à ação do Espírito Santo na vida da Igreja e em nossa vida: “um fogo que começa no coração, e não na mente”.

De acordo com Francisco, “se a Igreja não recebe o fogo do Espírito Santo ou não o deixa entrar em si, torna-se uma Igreja fria ou somente morna, incapaz de dar vida, porque é feita de cristãos frios e mornos”.

O fogo do qual fala Jesus no Evangelho, explicou o Papa, é o fogo do Espírito Santo, considerado uma “presença viva e atuante em nós desde o dia do Batismo”.

“Ele – o fogo – é uma força criadora que purifica e renova, queima toda miséria humana, todo egoísmo, todo pecado, nos transforma a partir de dentro, nos regenera e nos torna capazes de amar”, disse.

“Jesus deseja que o Espírito Santo irrompa como fogo no nosso coração, porque somente partindo do coração, que o incêndio do amor divino poderá propagar-se e fazer progredir o Reino de Deus. Não parte da cabeça, parte do coração. E por isto Jesus quer que o fogo entre em nosso coração. Se nos abrirmos completamente à ação deste fogo que é o Espírito Santo, Ele nos dará a audácia e o fervor para anunciar a todos Jesus e a sua consoladora mensagem de misericórdia e de salvação, navegando em mar aberto, sem medo. Mas o fogo começa no coração”.

Além disso, o Pontífice recordou que, para cumprir a sua missão no mundo, “a Igreja tem necessidade da ajuda do Espírito Santo, para não deixar-se frear pelo medo e pelo cálculo, para não habituar-se a caminhar dentro de fronteiras seguras”. Francisco adverte que “estes dois comportamentos, levam a Igreja a ser uma Igreja funcional, que não arrisca nunca”.

Ainda conforme o Papa, “a coragem apostólica que o Espírito Santo acende em nós como um fogo nos ajuda a superar os muros e as barreiras, nos faz criativos e nos impele a colocarmo-nos em movimento para caminhar também por caminhos inexplorados ou desconfortáveis, oferecendo esperança a quantos encontramos”.

E através deste fogo do Espírito Santo, continuou, “somos chamados a nos tornar sempre mais comunidade de pessoas guiadas e transformadas, cheias de compreensão, pessoas de coração dilatado e de rosto alegre”.

“Mais do que nunca existe a necessidade, mais do que nunca hoje existe a necessidade de sacerdotes, de consagrados e de fiéis leigos, com o olhar atento do apóstolo, para mover-se e parar diante das dificuldades e das pobrezas materiais e espirituais, caracterizando assim o caminho da evangelização e da missão com o ritmo curador da proximidade. Há precisamente o fogo do Espírito Santo que nos leva a nos fazer “próximos” dos outros: das pessoas que sofrem, dos necessitados; de tantas misérias humanas, de tantos problemas; dos refugiados, daqueles que sofrem. Aquele fogo que vem do coração. Fogo”, acrescentou.

Francisco também recordou dos “numerosos sacerdotes e religiosos que, em todo o mundo, se dedicam ao anúncio do Evangelho com grande amor e fidelidade, não raro a custo da própria vida”, e aproveitou a ocasião para fazer um alerta: se a Igreja não se abre ao fogo do Espírito, torna-se fria.

Ao final de sua alocução, o Santo Padre recordou o exemplo de São Maximiliano Kolbe, mártir da caridade, que teve sua memória litúrgica celebrada neste domingo. “Que ele nos ensine a viver o fogo do amor de Deus e pelo próximo”, concluiu. (LMI)

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