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Pais de família na França se organizam para pedir educação mais católica

Paris – França (Sexta-feira, 02-09-2016, Gaudium Press) De uma maneira espontânea, um grupo de pais de família da França se organizou para denunciar o que eles consideram “o absurdo da existência de escolas privadas que tem o nome de católicas”, mas que se encontram influenciadas pelo secularismo dominante. Os membros do grupo “L’École m’a tuer”, que debatem em redes sociais suas inconformidades, questionam abertamente tanto os estatutos que se distanciam da educação católica como os conteúdos às vezes abertamente contrários à doutrina da Igreja.

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Os comentários dos pais de família refletem ambientes contrários à prática aberta da Fé gerados frequentemente por mestres individuais que não atuam de acordo com a identidade católica das instituições. O desdém pelos sacrifícios quaresmais de algumas crianças, a falta de valorização dos sacramentos como a Confissão ou falsas representações da história da Igreja fazem parte dos abusos que geram indignação nos pais.

Anne-Laure e Bertrand Chanteau, dois pais de seis filhos que participam na organização do projeto explicaram à ‘Aleteia’ a necessidade de fomentar a identidade religiosa das escolas católicas. “Nas escolas públicas o laicismo não é uma opção”, comentaram, fazendo referência ao marcado -e obrigatório- caráter secularista da educação pública. “O anúncio da Boa Nova, a celebração das Festas e a catequese cristã não devem ser opcionais nas escolas católicas”.

Os pais de família reclamam um maior compromisso nas escolas privadas de identidade católica, já que eles realizam sacrifícios a fim de preservar os seus filhos de uma educação que não transmita seus valores religiosos. “Eles tem direito a esperar uma educação de qualidade alinhada com os valores que transmitem aos seus filhos, ainda que somente seja na consideração do custo da educação!”, expôs Aleth Debieuvre, Presidente da associação.

A organização não busca somente gerar controvérsia. Também destaca e apoia aqueles que compartilham uma visão clara do ensinamento católico e que já estão trabalhando nela, com a esperança de obter uma notável melhora na qualidade da educação recebida nos centros católicos. “Estamos seguros de que podemos reunir a todos os pais que desejam permanecer sendo os primeiros educadores de seus filhos, oferecendo-lhes a melhor… não o menos pior”, concluiu Aleth. “Nosso objetivo é simplesmente trabalhar a nossa medida para que as escolas católicas privadas sob contrato cumpram com seu próprio caráter”. (GPE/EPC)

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