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Plinio Corrêa de Oliveira: amor absoluto à sublimidade

Redação (Segunda-feira, 03-10-2016, Gaudium Press) Diz o dicionário da Real Academia espanhola que ‘sublime’ é o excelso, o eminente, o que tem uma elevação extraordinária. Por sua vez o popular dicionário Webster da língua inglesa nos diz que sublime é aquilo nobre, exaltado, o que inspira assombro ou admiração. E o dicionário Larousse da língua francesa afirma que sublime é o mais elevado, falando de coisas morais ou intelectuais; o que à sublimidade se chega quando os sentimentos ou a conduta alcança uma grande elevação; ou aquilo que é perfeito em seu gênero.

Esta última definição de sublime nos aproxima do significado de Absoluto -e também de Sublime-, segundo Plinio Corrêa de Oliveira: Absoluto é aquilo que sendo um pináculo em seu gênero ou em sua espécie, nos aproxima de Deus; é uma materialização altíssima ou mais alta de uma Ideia Divina; é um concreto que realiza algo à maneira de um arco voltaico com a Essência Divina: um belo Arco Íris é algo sublime; Jesus na Cruz por amor aos homens é a Sublimidade.

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Sublime quadro da Anunciação, de Mazzone

Plinio Corrêa de Oliveira ao final de sua vida aumentou o tempo que dedicava à oração ultrapassando em muito as duas horas. “Nesse período ele adquiriu o costume de escrever as intenções pelas quais rezava, para não esquecê-las. (…) Na primeira intenção, o Dr. Plinio pedia a Nossa Senhora a graça de que fosse introduzido em sua alma um amor exclusivo e encantado a todos os auges da sublimidade, tanto na ordem natural quanto na sobrenatural”. (1)

Acerca desse singularíssimo pedido a Deus, comenta Monsenhor João Clá Dias, EP: “Aquele pedido parecia incrível. O que mais desejava um homem que durante a vida, desde a infância, sempre amou como reflexos do próprio Deus todos os graus de sublimidade que via na ordem do universo? Sim, ele queria mais e mais, e era essa sua primeira intenção aos oitenta e seis anos de idade, quando lhe faltavam alguns meses para concluir sua carreira. O testemunho de uma existência transcorrida no cumprimento exímio do Primeiro Mandamento ficou gravado nessa folha gasta e quase ilegível, e assim passará para a História”. (2)

Dr. Plinio buscava a perfeição em tudo. Todos os campos da atividade humana deviam refletir a Deus, deviam ser um sublime “espetáculo” para que neles os homens vissem ao Criador. Mas o primeiro passo era a admiração, admiração a Deus que se encontrava já presente em muitos elementos da ordem do universo.

Uma admiração que era vacina contra qualquer autocontemplação, e que era um transcender a todo momento até o interior de Deus.

Uma admiração que fortalecia a sabedoria da alma de Dr. Plinio, pois ela se adquire quando o homem sai de si para usar do universo à maneira de uma catedral, onde se invoca e louva ao Senhor. Ou inclusive, quando a partir da ordem visível, se imagina uma ordem ainda mais perfeita, ainda não real mas com a possibilidade de ser real, ordem maravilhosa, muito mais próxima ao reino celestial.

Por Saúl Castiblanco

Traduzido por Emílio Portugal Coutinho
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(1) Mons. João Scognamiglio Clá Dias, EP. O Dom de Sabedoria na Mente, Vida e Obra de Plinio Corrêa de Oliveira. Vol V – Plenitude: “Combati o Bom Combate”. Libreria Editrice Vaticana – Instituto Lumen Sapientiae. São Paulo. 2016. pp. 56-57.

(2) Ibidem, p. 57.

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