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Petrópolis (RJ) celebra o centenário e a memória de Frei Aniceto Kroker

Petrópolis – Rio de Janeiro (Quinta-feira, 27-10-2016, Gaudium Press) Na cidade de Petrópolis, a Paróquia São Judas Tadeu, no bairro Mosela, acolheu no último domingo, 23, os restos mortais de Frei Aniceto Kroker, em comemoração pelo seu centenário. Na ocasião, a celebração teve início na Paróquia do Sagrado Coração de Jesus.

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Pela manhã, os fiéis paroquianos de São Judas Tadeu, acompanhados pelo pároco, Padre Jardel Lima, participaram da Santa Missa no Sagrado. Lá, receberam dos franciscanos os restos mortais de Frei Aniceto, que foram levados para a Paróquia São Judas Tadeu em carreata.

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Segundo o pároco do Sagrado, Frei James, para os franciscanos, este foi um “motivo de orgulho ver pessoas que reconhecem a vida e o testemunho de um frade que já há muito nos deixou, mas que na memória e no coração está muito presente”.

Já na Paróquia de Mosela, todos participaram da celebração eucarística presidida pelo Padre Jardel e concelebrada pelos freis James e Jorge. Além disso, houve a presença do Diácono Cláudio Portilho e de vários religiosos.

Ainda nesta Missa, estiveram presentes alguns familiares de Frei Aniceto e pessoas que trabalharam e colaboraram com sua obra.

Logo no início da celebração, Frei Jorge recordou que Frei Aniceto dedicou grande parte de sua vida à cidade de Petrópolis, mais precisamente ao bairro Mosela, local que fazia questão de visitar mesmo quando já estava doente. “Hoje, vemos com alegria Frei Aniceto retornar para este lugar que ele tanto amou e onde realizou a sua grande missão”, declarou.

Em sua homilia, ressaltou que todas as obras desenvolvidas por Frei Aniceto, especialmente a atenção dada à catequese e à educação, foram marcantes, ainda mais neste centenário.

Petrópolis (RJ) celebra o centenário e a memória de Frei Aniceto Kroker.jpgDepois, Padre Jardel reforçou que tudo aquilo construído pelo religioso pertencente à Ordem dos Frades Menores, bem como o patrimônio que ele deixou, tem o propósito de anunciar o amor de Deus e louvá-lo. “Mais do que homenagens, mais do que honrarias que podemos dar, o que alegra o coração de um sacerdote, o que alegra um coração franciscano é dizer ‘o amor é amado'”, disse.

“Deveremos dizer: ‘Sim, Frei Aniceto, a tua vida não foi em vão, o teu suor, ainda que evaporado pelo calor do sol, não foi em vão, porque o perfume de Cristo sentido de ti faz com que essa Igreja tenha um propósito, faz com que a Escola São Judas Tadeu, a Escola Frei Aniceto, o Centro Pastoral, a Creche São Judas Tadeu, a Escola São Francisco de Assis, a Escola no Rio da Cidade, a Escola Santa Rita de Cássia e tantas outras igrejas e obras não tenham sido em vão, porque falam de Deus’. Deus é glorificado em cada um desses espaços”, destacou.

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“Se aqui estamos, não é por uma mera honraria, mas é para dizer: ‘querido e saudoso Frei Aniceto, se depender de mim, de cada um que aqui está, tua memória jamais será esquecida no meio deste povo pelo qual lançaste o teu suor e o teu amor, no meio deste solo que foste abençoado por cada Eucaristia, por cada absolvição, por cada catequese; o teu bem perpetuará para as futuras gerações'”, concluiu o Padre Jardel.

No final da Santa Missa, os restos mortais de Frei Aniceto foram depositados aos pés do altar de Nossa Senhora, na Igreja de São Judas Tadeu, por ele construída.

Frei Aniceto Kroker completaria 100 anos no último dia 25 de outubro. Também para marcar esta data, haverá uma Missa na Paróquia da Mosela, às 19h30, inserida na programação da novena de São Judas Tadeu.

Quem foi o Frei Aniceto Kroker?

Petrópolis (RJ) celebra o centenário e a memória de Frei Aniceto Kroker.jpgNascido em Stolzmuetz, na Alemanha, em 25 de outubro de 1916, chegou ao Brasil e logo ingressou na Ordem dos Frades Menores. Em seguida, estudou nos seminários de Rio Negro (SC), Curitiba (PR) até vir para Petrópolis (RJ), onde foi ordenado sacerdote em 30 de novembro de 1941.

Conforme relatos, Frei Aniceto foi coadjutor em Petrópolis, de 1942 a 1947. Em 1948 foi nomeado pároco de Nossa Senhora do Pilar, na região da Baixada.

De 1952 a 1955 foi superior e pároco em Vila Velha, no Espírito Santo. A partir de 1956 viveu no Convento do Sagrado Coração, em Petrópolis, sendo pároco e coadjutor. Ainda no local, exerceu por muitos anos o cargo de coordenador diocesano e responsável pelo convênio escolar entre a prefeitura e a mitra.

Ao longo dos anos em que residiu em Petrópolis, Frei Aniceto dedicou seus esforços aos bairros populares e regiões de periferia, tendo atuado nas seguintes áreas: Oswaldo Cruz, Moinho Preto, Rocio, Bairro Castrioto e Mosela – local onde realizou a maior parte de sua obra e deixou um grande legado espiritual e material.

Frei Aniceto faleceu em 14 de dezembro de 1994, em Petrópolis, após 58 anos de vida religiosa e 53 de sacerdócio. (LMI)

Da redação Gaudium Press, com informações Diocese de Petrópolis

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