“O amor de Deus chora pela nossa infidelidade”, diz Francisco em homilia
Cidade do Vaticano (Sexta-feira, 18-11-2016, Gaudium Press) Deus chora pela nossa infidelidade. Essas foram palavras do Santo Padre na homilia da Missa celebrada ontem na Casa Santa Marta.
O Papa Francisco fez esta afirmação quando recordou que Jesus chorou sobre Jerusalém dizendo: “Porque tu não reconheceste o tempo em que foste visitada”.
Nas palavras das Sagradas Escrituras, Jesus chora e recorda a história do “seu povo”: faz memória dos passos de profetas como Oseias e Jeremias, quando expressam o amor de Deus por Israel.
De um lado, este amor sem medidas e, do outro, “a resposta egoísta, desconfiada, adúltera e idolátrica do povo” – afirmou o Papa:
“É isso que faz doer o coração de Jesus Cristo, esta história de infidelidade, esta história de não reconhecer os carinhos de Deus, o amor de Deus, de um amor apaixonado que nos busca, que se preocupa com a nossa felicidade. Jesus viu naquele momento o que o aguardava como Filho. E chorou…”
O Santo Padre recordou a liturgia que há alguns dias atrás propôs uma reflexão sobre os três momentos da visita de Deus: para nos corrigir, para entrar em relação conosco e “para se convidar à nossa casa”.
Quando Deus quer corrigir, convida a mudar de vida. Quando quer falar conosco, diz: “Eu bato à porta e chamo.”
A Zaqueu, para receber o convite, o Senhor diz para ele descer da árvore.
Também a nós Deus quer visitar e para tal temos que fazer um exame de consciência – observou o Papa:
Nós podemos cair…
O Santo Padre, tirando uma lição da história sagrada, ensinou:
“Cada um de nós pode cair no mesmo pecado do povo de Israel, no mesmo pecado de Jerusalém: não reconhecer o tempo no qual fomos visitados. E todos os dias o Senhor visita-nos, todos os dias bate à nossa porta”
Você faz todos dias um exame de consciência sobre isso?
Hoje o Senhor me visitou? Eu ouvi algum convite, alguma inspiração para segui-lo mais de perto, para fazer uma obra de caridade, para rezar um pouco mais?
Não sei, são tantas coisas para as quais o Senhor nos convida cada dia para encontrar-se conosco”.
O Papa ainda afirmou que esta “história de não reconhecer as carícias de Deus é o que causa dor ao coração de Nosso Senhor Jesus Cristo
Tenho medo de não reconhecê-lo…
No final da homilia, o Papa Francisco recordou uma afirmação de Santo Agostinho. Ele afirmava ter medo de Jesus quando passa, pois, “tenho medo de não reconhecê-Lo”.
O Papa pediu ao Senhor que nos dê a “graça de reconhecer o tempo em que fomos visitados, somos visitados e seremos visitados para abrir a porta a Jesus”. (JSG)
(Da Redação Gaudium Press, com informações RV)
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