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Papa: abandonar a alienação para pensar seriamente na nossa morte

Cidade do Vaticano (Quarta-feira, 23-11-2016, Gaudium Press) É preciso evitar de viver como se jamais fôssemos morrer.

Esta advertência foi feita pelo Papa Francisco na Missa celebrada na Capela da Casa Santa Marta, na manhã de terça feira.

Em sua reflexão, Francisco mostrou que na última semana do Ano Litúrgico a Igreja conduz as leituras da liturgia como “um chamado do Senhor para pensar seriamente no fim, no fim de cada um de nós, porque cada um de nós terá o seu fim”.

Perguntas para serem pensadas

Cada um de nós terá seu fim: pensemos no rastro que deixaremos, disse o Papa.

“Não gosta de pensar nessas coisas? “, questionou, “mas ali está a verdade”…

“E quando um de nós tiver ido embora, passarão anos e quase ninguém se lembrará”.

Eu tenho “uma ‘agenda”, revela Francisco, “onde escrevo quando uma pessoa morre” e todos os dias vejo aquela “recorrência” e “como o tempo passou”.

“E isso nos obriga”, “a pensar no que deixaremos, qual é o “rastro” da nossa vida. E depois, no final, como se lê no trecho de hoje do Apocalipse de João, haverá o juízo para cada um de nós:

“E nos fará bem pensar: “Mas como será o dia em que eu estarei diante de Jesus?

Quando Ele me perguntará sobre os talentos que me deu, que uso fiz deles; quando ele me perguntará como estava o meu coração quando a semente caiu, como foi o caminho, os espinhos: essas Parábolas do Reino de Deus.

Como recebi a Palavra? Com coração aberto? Eu a fiz germinar para o bem de todos ou a escondi? “

Todos seremos julgados

Cada um de nós estará diante de Jesus no dia do juízo.
Então é o caso, -advertiu o Papa, retomando as palavras do Evangelho, “não os deixe enganar”.

O engano é uma “alienação”, “o estranhamento”, a enganação das “coisas que são superficiais, que não têm transcendência”, de “viver como se jamais fôssemos morrer”.

E o Papa continuou: “Quando virá o Senhor”, como me encontrará? Esperando ou em meio a tantas alienações da vida?

Os novíssimos do homem

Francisco ainda continuou neste assunto:

“Eu me lembro quando era criança e fazia catecismo, nos ensinavam quatro coisas: morte, juízo, inferno ou glória. Depois do juízo havia esta possibilidade.

‘Mas padre, isto é para nos assustar…’ – ‘Não, é a verdade!

Porque se não cuidares do coração para que o Senhor esteja contigo e vives afastado sempre do Senhor, talvez haja o perigo, o risco de continuar afastado da eternidade do Senhor’. É horrível isso! “.

“Não teremos medo da morte se formos fiéis ao Senhor no momento de prestar contas.”

Para concluir, o Santo Padre inspirou-se na leitura do Apocalipse de João; no conselho do Apóstolo:

‘Seja fiel até a morte – diz o Senhor – e te darei a coroa da vida'”.

“A fidelidade ao Senhor não ilude. Se cada um de nós for fiel ao Senhor, quando a morte chegar, diremos como São Francisco: ‘vinde, irmã morte’… Ela não nos assustará. E quando for o dia do juízo, diremos ao Senhor: ‘Senhor, tenho tantos pecados, mas tentei ser fiel’. E o Senhor é bom. Este é o conselho que lhes dou: ‘Sejam fieis até a morte e lhes darei a coroa da vida’. Com esta fidelidade disse Francisco para concluir, não teremos medo no fim, não teremos medo no dia do juízo”. (JSG)

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