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Argentina impulsiona canonização de Laura Vicuña

Buenos Aires – Argentina (Segunda-feira, 02-01-2017, Gaudium Press) Os deputados da Argentina se encontram por estes dias promovendo um projeto de declaração para que o Papa Francisco impulsione a canonização de Laura Vicuña, beata de origem chilena, a quem também propõem como padroeira dos refugiados e mulheres que sofrem violência.

“Laura Vicuña foi uma criança que teve que emigrar à Argentina como refugiada devido a perseguição política, onde foi formada pelos salesianos”, assinalou o deputado Juan Brügge, que afirma ser parente da Beata por parte da mãe e é citado pela agência AICA.

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“Ela e sua mãe sofreram violência intrafamiliar em nosso país por um varão e deu sua vida para que sua mãe se convertesse e deixasse ao homem que exercia violência contra ela”, acrescentou.

Por isso os deputados consideram que a jovem Beata pode chegar a converter-se em padroeira das mulheres que sofrem violência. “Vicuña é padroeira da família e poderia sê-lo dos refugiados e das mulheres que sofrem violência”.

Laura Vicuña nasceu em Santiago do Chile no dia 5 de abril de 1891, sendo batizada na Paróquia de Santa Ana da capital, onde uns anos depois recebeu também o batismo Santa Teresa de los Andes.

Sendo ainda muito pequena, ficou órfã de pai, e junto com sua mãe e irmã fugiu de seu país, que se encontrava em guerra civil, refugiando-se na Argentina, país ao qual chegam após uma longa e difícil travessia de oito meses.

É neste país onde Laura se aproxima da família salesiana ao internar-se no colégio que cuidavam em Junín dos Andes as Filhas de Maria Auxiliadora. Era aquele então o ano 1900.

Recebendo ali instrução e ensinamento Católico se dá conta que sua mãe se encontra em grave pecado ao estar em união livre, pelo que decide oferecer sua vida a Deus com o propósito de que sua mãe abandone ao homem com o qual vivia naquele momento.

A menina contou o plano ao seu confessor, o Padre Crestanello, sacerdote salesiano, que lhe disse: “Olha que isso é muito sério. Deus pode aceitar tua proposta e pode chegar a morte muito cedo”. Mas fez caso omisso ao que lhe disse o sacerdote e ofereceu sua vida ao Senhor desejando salvar a alma de sua mãe.

Em 1901, no dia 02 de junho, é o dia de sua Primeira Comunhão, quando também consagra sua pureza à Santíssima Virgem sendo admitida como “filha de Maria”. Pouco tempo depois, durante as férias foi à sua casa onde acabou sendo violentada por Manuel Mora, o homem que se encontrava com sua mãe.

Um tempo mais adiante, empenhada em sua promessa de oferecer sua vida pela salvação de sua mãe, Laura cai enferma, sempre com o desejo de ver a sua mãe livre do pecado mortal no qual se encontrava. “Senhor, que eu sofra tudo o que a ti te pareça bem, mas que minha mãe se converta e salve”, orava a beata.

Justo antes de morrer, a pequena disse à sua mãe: “Morro. Eu mesma se o pedi a Jesus, há dois anos que ofereci minha vida por ti, para pedir a graça de tua conversão. Mamãe, antes de morrer terei a dita de ver-te arrependida?”. Sua mãe, comovida, expressou: “Te juro neste momento que farei quanto me pedis. Estou arrependida. Deus é testemunha de minha promessa!”.

A morte chegou para Laura no dia 22 de janeiro de 1904. Foi beatificada por São João Paulo II no dia 03 de setembro de 1988. (GPE/EPC)

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