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Papa abençoa cordeiros na festa de Santa Inês

Cidade do Vaticano (Segunda-feira, 23-01-2017, Gaudium Press) Existe uma tradição na qual no dia da celebração litúrgica de Santa Inês, o Papa abençoe dois cordeiros cujas lãs brancas serão usadas para confecção dos pálios para os arcebispos.

Cordeiros brancos e Pálios

Todos os anos, os padres da Basílica de Santa Inês levam dois cordeiros brancos ainda novos, para o Papa abençoar. Este ano não foi diferente. O Papa Francisco foi até a Sala da Capela de Urbano VIII, no Vaticano, para onde foram levados os dois cordeiros brancos que o Papa abençoou.

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Com a lã extraída desses cordeiros, as monjas beneditinas do Mosteiro de Santa Cecilia, em Roma, confeccionam o tecido e depois fazem pálios.

Depois de prontos, os pálios são abençoados pelo Santo Padre e guardados numa arca junto ao tumulo do Apóstolo São Pedro. Eles serão entregues pelo Santo Padre na solenidade de São Pedro e São Paulo Papa (29 de junho) aos novos Arcebispos Metropolitanos.

O pálio é uma estola com seis cruzes bordadas em lã preta. Trata-se de um símbolo de unidade com o Santo Padre e de autoridade sobre a própria jurisdição.

Santa Inês – Iconografia e Devoção

A festa de Santa Inês é celebrada a 21 de janeiro. Ela é considerada a padroeira das jovens, das noivas, das prometidas em matrimônio, da pureza e também dos jardineiros.

Santa Inês é representada como uma menina ou jovem orando, com diadema na cabeça e uma espécie de estola sobre os ombros, em alusão ao pálio. É acompanhada por um cordeiro aos seus pés ou em seus braços e rodeada de uma pira, espada, palma e lírios.

Na iconografia, Santa Inês tem um cordeiro nos braços, por dois motivos: simboliza Jesus, o Cordeiro de Deus, e também porque o nome Inês vem do latim, Agnes, associado a “agnus” que quer dizer cordeiro.

Tudo faz crer que foi dessa relação de nomes que surgiu o costume dos cordeiros brancos serem usados na iconografia e bentos em sua festa.

História

Inês era uma jovem formosa, rica e pretendida por muitos nobres romanos. Não aceitou nenhum deles e afirmava que a recusa era porque já estava comprometida com Cristo. Então teve início a perseguição pelo fato de que ela era cristã.

Foi levada a uma casa de perdição para que ali pecasse contra a castidade que ela tanto preserva. Mas, anjos e sinais celestes a protegeram.

Ela foi posta, então numa fogueira que não a queimou. Então, ela foi decapitada. Era o ano de 304.

A filha do imperador Constantino, edificou em honra de Inês uma basílica na Via Nomentana. Sua festa começou a ser celebrada já em meados do século IV.

 

Santo Ambrosio

Santo Ambrósio trata de Santa Inês. No se tratado sobre as virgens, ele afirma que ela morreu aos doze anos.

O Santo diz que ela “Não tinha ainda idade para ser condenada, mas estava já madura para a vitória… Assim, foi capaz de dar fé das coisas de Deus uma menina que era incapaz legalmente de dar fé das coisas humanas, porque o Autor da natureza pode fazer que sejam superadas as leis naturais”.

Ao ser encaminhada para o martírio, a Santa rezou e dobrou a nuca diante do verdugo que tremia a mão direita para dar o golpe, enquanto ela permanecia calma e serena.

Santo Ambrósio comente:

“Em uma só vítima teve lugar um duplo martírio: o da castidade e o da fé. Permaneceu virgem e obteve a glória do martírio”. (JSG)

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