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Proteção da natureza: meio para relacionar-se com o Criador, reconhecer nela as marcas de Deus, diz o Papa

Cidade do Vaticano (Quarta-feira, 22-02-2017, Gaudium Press) A catequese do Papa Francisco nessa na Audiência Geral de Quarta-feira, voltou a ser realizada na Praça São Pedro. Cerca de dez mil fiéis ouviram o Papa discorrer sobre a Esperança Cristã e a Criação.

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Foto: Gustavo Kralj – Gaudium Press

Francisco recordou que Deus confiou aos homens a proteção da natureza para que ela fosse também um meio para nos relacionarmos com o Criador, quando reconhecemos na criação as marcas e sinais do “dedo de Deus”.

Quando nos deixamos levar pelo egoísmo, o ser humano acaba por arruinar até o que existe de mais belo na natureza criada:
“Se prestarmos atenção, tudo a nosso redor geme: geme a própria criação, gememos nós seres humanos e geme o Espírito dentro de nós, no nosso coração”, disse o Santo Padre ao iniciar sua catequese.

O drama e a Esperança

A atitude egoísta da humanidade tem um efeito e, “infelizmente, a consequência de tudo isso está dramaticamente sob os nossos olhos, todos os dias, disse o Papa, que, como exemplo, falou sobre a água, “que nos dá a vida, mas para explorar os minerais, a água é contaminada e se destrói a criação”.

Onde tudo remetia ao Pai Criador e ao seu amor infinito, agora traz o sinal triste e desolador do orgulho e da voracidade humanas: é o drama.

O Senhor, porém, não nos deixa sós e também este quadro desolador nos oferece uma perspectiva nova de libertação, de salvação universal.: é a esperança.

O gemido da criação e o Cristão

“Se prestarmos atenção, tudo ao nosso redor geme: geme a própria criação, gememos nós seres humanos e geme o Espírito dentro de nós, no nosso coração” e esses gemidos não são uma lamentação estéril, desconsolada, mas, continuou Francisco, como destaca o Apóstolo, são os gemidos de uma mulher prestes a dar à luz; são gemidos de quem sofre, mas sabe que está para chegar uma nova vida.

“E no nosso caso é realmente assim”, disse o Pontífice que continuou descrevendo a atitude do cristão que, afirmou ele, não vive fora do mundo, sabe reconhecer na própria vida e naquilo que o rodeia os sinais do mal, do egoísmo e do pecado.

O Cristão é solidário com quem sofre, com quem chora, com quem está marginalizado, com quem se sente desesperado. O cristão sabe que o presente é tempo de expectativa, tempo de desejo, de esperança que vai para além do presente e chega até a eternidade.

Nesta esperança, sabemos que Deus Nosso Senhor, com sua misericórdia infinita, quer curar os corações e também aquilo que foi estragado pelo homem com sua impiedade e seu pecado. Sabe, cheio de esperança, que tudo pode ser regenerando num mundo novo e numa humanidade nova reconciliados finalmente no amor de Deus.

Pedir Auxílio ao Divino Espírito Santo

Na conclusão de suas palavras o Papa deixou uma mensagem:

“Quando somos tentados pelo desânimo, pelo pessimismo, caindo em inúteis lamentações ou ficando sem saber o que pedir ou esperar, vem em nosso auxílio o Espírito Santo, que mantém vivos os gemidos e anseios do nosso coração. O Espírito vê, por nós, para além das aparências negativas do presente e revela-nos já agora os novos céus e a nova terra que o Senhor está preparando para a humanidade”. (JSG)

(Da Redação Gaudium Press, com informações RV)

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