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A Cruz não é um ornamento, é um símbolo de fé, diz Francisco

Cidade do Vaticano (Segunda-feira, 13-03-2017, Gaudium Press) Durante a alocução feita na Praça São Pedro, antes da oração do Angelus, durante a Audiência Geral do último domingo, o Papa Francisco afirmou que “A cruz cristã não é uma mobília da casa ou um ornamento para vestir”.

A Cruz não é um ornamento, é um símbolo de fé, diz Francisco.jpgCom sua afirmação, Francisco queria deixar claro que a Cruz, “é um chamado ao amor com o qual Jesus se sacrificou para salvar a humanidade do mal e do pecado” .

Foram palavras do Pontífice:

“Neste tempo quaresmal, contemplemos com devoção a imagem do crucifixo: esse é o símbolo da fé cristã, é o emblema de Jesus, morto e ressuscitado por nós. Façamos de modo que a cruz marque as etapas do nosso caminho quaresmal para compreender sempre mais a gravidade do pecado e o valor do sacrifício com o qual o Redentor nos salvou”.

Pela cruz, Jesus chegará à gloriosa ressurreição

Indo para Jerusalém onde sofrerá condenação e morte de Cruz, Ele quer preparar os discípulos para o escândalo da cruz e anunciar, ao mesmo tempo, Sua ressurreição, manifestando-se como o Filho de Deus, um Messias, diferente do esperado:

“Não um rei poderoso e glorioso, mas um servo humilde, e desarmado; não um senhor de grande riqueza, sinal de bênção, mas um homem pobre que não tem onde reclinar a cabeça; não um patriarca com numerosa descendência, mas solteiro sem casa e sem ninho. É realmente uma revelação de Deus de cabeça para baixo, e o sinal mais desconcertante desta contradição é a cruz. Mas, precisamente por meio da cruz, Jesus chegará à gloriosa ressurreição”.

Mensagem de Esperança da Cruz

Esta é a mensagem de esperança que a cruz de Jesus contém, diz o Papa.

Ela não é uma mobília ou um ornamento a ser usado. Ela é um chamado ao amor com que Jesus se sacrificou para salvar a humanidade do mal e do pecado.

A ressurreição que vai chegar “através da cruz”, observou o Papa, “será em última análise, não como a transfiguração que durou um momento, um instante”; e “a Cruz é a porta da ressurreição”.

O Papa narra, então, a Transfiguração do Senhor, no monte Tabor:

“Jesus levou consigo três dos apóstolos, Pedro, Tiago e João, Ele subiu com eles numa alta montanha, e lá aconteceu este singular fenômeno”: o rosto de Jesus “brilhou como o sol e as suas vestes tornaram-se brancas como a luz”. O Senhor fez resplandecer em sua própria pessoa a glória divina que se podia acolher com fé em sua pregação e em seus gestos milagrosos.

Para onde leva a cruz

“A ‘luminosidade’ que caracteriza este evento extraordinário simboliza a finalidade: iluminar as mentes e os corações dos discípulos, para que possam compreender claramente quem é o seu Mestre.

É um flash de luz que se abre de repente sobre o mistério de Jesus e ilumina toda a sua pessoa e toda a sua história”.

Jesus transfigurado no Monte Tabor quis mostrar aos seus discípulos a sua glória não para evitar que eles passassem pela cruz, mas para indicar para onde leva a cruz. Quem morre com Cristo, com Cristo ressuscitará. Quem luta junto com Ele, com Ele triunfará.

Maria, noites escuras, gloria…

Em sua conclusão, Francisco invocou Nossa Senhora. Aquela que “soube contemplar a glória de Jesus escondida na sua humanidade”.

“Que Ela nos ajude a estar com Ele na oração silenciosa, a nos deixarmos iluminar pela sua presença, para levar no coração, através das noites escuras, um reflexo da sua glória”. (JSG)

(Da Redação Gaudium Press, com informações RV)

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