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Audiência: amar como Deus nos ama, para sermos “alegres na esperança”

Cidade do Vaticano (Quarta-feira, 15-03-2017, Gaudium Press) Tendo como base o trecho da Carta aos Romanos que fala da alegria de amar, o Papa Francisco retomou o tema da esperança cristã em sua catequese das Audiências Gerais das quartas-feiras. Foi a primeira Audiência após o seu Retiro Quaresmal.

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Mais de 12 mil fiéis e peregrinos acompanharam suas palavras, desde a Praça São Pedro.

Somos chamados ao amor, à caridade, sem hipocrisia

Segundo Francisco, o grande mandamento que Jesus deixou é amar a Deus e o próximo como a nós mesmos:

“Somos chamados ao amor, à caridade. Esta é a nossa vocação mais sublime, a nossa vocação por excelência”.

Mas, ele recordou que a na Carta aos Romanos, São Paulo adverte os cristãos apontando um perigo: o risco de que o nosso amor seja hipócrita.

E “a hipocrisia pode se insinuar de várias maneiras, inclusive no nosso modo de amar”, alertou o Papa, afirmando que isto acontece quando nos movemos por interesses pessoais, fazendo caridade para aparecer.

A caridade é uma graça; não consiste em mostrar aquilo que não somos, mas aquilo que o Senhor nos doa, disse.

Modo de amar marcado pelo pecado

Paulo nos convida a reconhecer que somos pecadores e que também o nosso modo de amar é marcado pelo pecado. E então se compreende que tudo o que podemos viver e fazer pelos irmãos nada mais é do que a resposta àquilo que Deus fez e continua fazendo por nós.

Comentando a advertência de Paulo, Francisco diz que, na verdade, ela é para nos encorajar e a reavivar em nós a esperança:
“De fato, todos nós fazemos a experiência de não viver plenamente ou como deveríamos o mandamento do amor. Mas também esta é uma graça, porque nos faz compreender que também para amar precisamos que o Senhor renove continuamente este dom no nosso coração, através da experiência de sua infinita misericórdia”.

Só vivendo como deveríamos, comenta Francisco, voltaremos a apreciar as pequenas coisas, simples, de todos os dias; e seremos capazes de amar os outros como Deus os ama, isto é, procurando apenas o seu bem.

Segredo para sermos “alegres na esperança”

Para o Pontífice, este é o modo de nos sentirmos felizes por nos aproximarmos do pobre e do humilde, contentes por nos debruçarmos sobre os irmãos caídos por terra, a exemplo de Jesus.

“Aqui está o segredo para ‘sermos alegres na esperança’: porque temos a certeza de que, em todas as circunstâncias, inclusive nas mais adversas, e apesar das nossas faltas, o amor de Deus por nós não esmorece. E assim, certos de sua fidelidade inabalável, vivemos na alegre esperança de retribuir nos irmãos, com o pouco que nos é possível, o muito que recebemos Dele todos os dias. ” (JSG)

(Da Redação Gaudium Press, com Informações RV)

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