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Igreja na África supre as funções de estados falidos

Congo – África (Quinta-feira, 30-03-2017, Gaudium Press) O Cardeal Laurent Monsengwo, Arcebispo de Kinshasa, República Democrática do Congo, expôs ao informativo Crux a particular relação da Igreja na África com os processos de consolidação social em vários países. Em alguns casos, a Igreja supre as funções de estados falidos na atenção aos cidadãos e guia as sociedades em meio de tensões e conflitos até a recuperação da ordem social.

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“Existe um sentido no qual a Igreja jogou um papel de substituta do governo, a ponto de quando chegou a independência, foi necessário que a Igreja estivesse perto do povo”, explicou o purpurado, citando o caso do Congo, onde a Igreja Católica se encarregou da educação no tempo da colônia belga. Os cidadãos cresceram com uma relação arraigada com a Igreja, assim como com uma confiança superior a que tem com as propriedades políticas. “A maioria acredita que é necessário que a Igreja cuide de nós, e que a Igreja deveria tomar uma posição de forma que ajude a desenvolver a nação”.

A Igreja é notavelmente ativa no continente, o que impõem responsabilidades aos Bispos, sacerdotes e religiosas. “Isso não significa que não existam problemas, há muitos problemas”, descreveu o Cardeal Monsengwo. “Mas a Igreja está ativa apesar disso, e faz muitas coisas pela povoação e a sociedade”. Como exemplo disto, o purpurado propôs sua Arquidiocese, a qual foram confiadas 590 escolas que tem identidade católica as quais se somam 35 escolas privadas paroquiais. Além deste serviço, a Igreja em Kinshasa maneja 60 por cento dos hospitais.

O Cardeal recordou que os cidadãos africanos recorrem à Igreja quando se apresenta grave instabilidade social e o informativo assinalou que o próprio Cardeal Monsengwo assumiu um papel de liderança na transição da ditadura de Mobutu Sese Seko até a democracia. Quando na década de 1990 se requeria a guia de uma pessoa que inspira confiança para presidir o Alto Conselho que governou o país até as eleições, o purpurado foi selecionado por seu prestígio como pessoa de integridade. Ele nunca se considerou chefe de Estado, mas os líderes internacionais e a maioria dos cidadãos o fizeram. (EPC)

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