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Orfanato que acolheu Jacinta Marto, em Lisboa, tornou-se mosteiro

Lisboa – Portugal ( Sexta-feira, 31-03-2017, Gaudium Press) As irmãs Clarissas Franciscanas do Mosteiro do Imaculado Coração de Maria, em Lisboa, estão muito contentes.

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Com muita “alegria”, elas receberam o anuncio da futura canonização de Jacinta Marto, a vidente de Fátima que passou ali seus últimos dias de vida em 1920, quando o local ainda era denominado “Orfanato de Senhora dos Milagres”.

Notícia esperada a bastante tempo

Irmã Rita, religiosa do mosteiro, falou com a Agencia Ecclesia e enfatizou que numa casa que procura manter vivo ainda hoje o “testemunho” desta menina portuguesa que a Igreja Católica irá aclamar como santa, juntamente com o seu irmão Francisco, a notícia da canonização já era “esperada há bastante tempo”,

A religiosa recordou que jacinta passou por aqui, mas, tanto ela como Francisco são dois modelos para nós, de contemplação e de compaixão” e destacou que são duas vidas marcadas pelo contato com “a luz que é Deus” e que vão passar a servir de exemplo para todos os cristãos.

Ilustres hóspedes

A Igreja reconhece que Jacinta, seu irmão Francisco e sua prima Lúcia testemunharam as aparições de Nossa Senhora, em Fátima, em 1917.

Jacinta e seu irmão morreram bem poucos anos após as aparições. Eles foram vítimas de uma forte gripe pneumônica que assolou e causou muitos óbitos em Portugal a partir de 1918. Também essas mortes tão precoces confirmavam palavras da Virgem que disse que os levaria logo para o céu.

Com a doença avançando e a saúde em franca decadência, a pequena Jacinta Marto foi levada para Lisboa no início de 1920, para ser internada no Hospital Dona Estefânia. Nesse hospital ela faleceu em 20 de fevereiro.

Na sua ida para Lisboa, quando passou cerca de um mês na capital, a pequena vidente esteve 12 dias no “Orfanato de Senhora dos Milagres”, na Rua da Estrela, n.º 17, e que hoje foi transformado em uma casa de religiosas reclusas: Mosteiro do Imaculado Coração de Maria, das Irmãs Clarissas, ),.

Tudo como Jacinta deixou

O quarto usado por Jacinta conserva a configuração original e lá ainda são conservados vários objetos pessoais da vidente: um vestido, um terço, uma sacola e algumas cartas recebidas por ela.

Ali encontram-se, no mesmo lugar, a cama em que dormia e a cadeira onde, segundo a pastorinha de Fátima, sentava-se Nossa Senhora quando vinha conversar com ela.

“A comunidade religiosa sempre procurou que o espaço se mantivesse o mais simples e pobre possível, para que fosse um espaço que convidasse à oração e não apenas a uma visita cultural”, explicou Irmã Rita.

Jesus escondido

Hoje em dia, o Mosteiro do Imaculado Coração de Maria é bastante procurado por pessoas e grupos “que pedem para conhecer, visitar e para rezar nos espaços” habitados pela Beata Jacinta, que, em várias ocasiões, sentava-se junto a um pórtico próximo do quarto, que dava para a capela anexa ao orfanato, para rezar ao “Jesus escondido”.

Apesar da presença de Jacinta Marto em Lisboa ser ainda pouco conhecida, a Irmã Rita sublinha que a procura por visitas tem aumentado, sobretudo com base no testemunho pessoal de cada um que ali foi e rezou.

Crescimento de visitas

Tem havido um visível aumento do número de pessoas que procuram o Mosteiro para visitar os locais onde Jacinta viveu seus últimos dias. E este crescimento tem aumentado: “Ou porque as graças foram obtidas, ou porque aqui encontraram um tesouro e vão partilhar com outros… Esta acaba por ser a ponte”, destaca irmã Rita.

Com a aproximação das celebrações do Centenário das Aparições de Nossa Senhora na Cova da Iria, que vai ter lugar nos dias 12 e 13 de maio e com a canonização de Jacinta e Francisco Marto, será dado um grande impulso a uma mensagem de Fátima que “continua atual” na sociedade.

O fato de o Papa participar das comemorações em Portugal, sem dúvida, isso irá “trazer grandes frutos de renovação espiritual para a Igreja Católica e para a sociedade”. (JSG)

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