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Ressurreição: Núcleo Central da Fé – relembra Francisco, na Praça São Pedro

Cidade do Vaticano (Quarta-feira, 19-04-2017, Gaudium Press) Numa manhã ensolarada, porém fria, o Papa Francisco recebeu milhares de fiéis e peregrinos que se dirigiram até a Praça São Pedro para a tradicional encontro com o Pontífice na Audiência Geral das quartas-feiras.

Ressurreição Núcleo Central da Fé - relembra Francisco, na Praça São Pedro.jpgEstando dentro da oitava da Páscoa e com as comemorações da Ressurreição ainda na memória, Francisco deu continuidade às reflexões sobre a Esperança que vem desenvolvendo cada semana e tratou desta virtude dentro da temática Pascal: Cristo Ressuscitado, ‘nossa esperança’.

Carta aos Coríntios e ideologia

Na comunidade de Corinto a Ressurreição provocava discussões entre os primeiros cristãos.

São Paulo quis, então, fazer um esclarecimento para através de uma carta onde afirma: “Jesus morreu por nossos pecados, foi sepultado e no terceiro dia ressuscitou e apareceu a Pedro e aos Doze Apóstolos”.

Foi a oportunidade para o Papa comentar:

“O cristianismo nasce aqui. Não é uma ideologia, não é uma corrente filosófica, mas um caminho de fé que nasce com um evento testemunhado pelos primeiros discípulos de Jesus”.

Ressurreição: Núcleo Central da Fé

Prosseguindo em sua reflexão, Francisco destacou que “a Ressurreição é o núcleo central da fé; se tudo tivesse acabado com a morte, –Cristo foi um exemplo de dedicação suprema, sim–, mas isto não poderia gerar a nossa fé. Ele não seria um herói.

Aceitar que Cristo morreu na Cruz não é um ato de fé; é um fato histórico, crer que ressuscitou o é (um ato de Fé). Jesus é vivo, é o fulcro do evento. Nossa fé nasce na manhã de Páscoa”.

Lembrando a história de Saulo -Fundamento da Fé

Para explicar o mistério da Ressurreição aos cristãos, recordou o Papa, o apóstolo Paulo conta que entre todos os discípulos que viram Nosso Senhor Ressuscitado, Saulo foi o último, como ele mesmo comenta, ‘o menos digno’.

Sendo um perseguidor da Igreja que se orgulhava de suas convicções religiosas, Saulo deixou de lado estas convicções no dia em que, inesperadamente, encontrou-se com Jesus no caminho que o conduzia a Damasco.

Foi uma mudança em sua vida: Ele passou de perseguidor a Apóstolo, porque viu Jesus vivo e ressuscitado.

“Este é o fundamento da fé de todos os Apóstolos e também da nossa”. “É belo pensar que o cristianismo, essencialmente é isso! “, comentou o Papa.

Deus nos procura

“Não somos nós a procurar Deus, mas é Deus que nos procura, nos conquista e não nos abandona jamais, comentou o Santo Padre.

O cristianismo é graça; é surpresa, mas deve encontrar nosso coração aberto, capaz de receber maravilhas. Um coração fechado não pode entender o que é o cristianismo.

Mesmo sendo pecadores, mesmo olhando para trás e vendo uma vida cheia de insucessos, na manhã de Páscoa podemos ir ao sepulcro de Jesus e ao ver a pedra descartada saberemos que Deus está realizando um futuro para nós. Encontraremos felicidade, alegria e vida onde todos pensavam que havia tristeza, derrotas e trevas. Deus faz crescer suas flores mais belas em meio às pedras mais áridas”.

Não Começar pela Morte

Encerrando suas considerações o Papa sublinhou que “ser cristãos significa não começar pela morte, mas pelo amor de Deus por nós, que derrotou o nosso maior inimigo. É suficiente uma vela acesa para vencer a mais sombria das noites. E se alguém nos perguntar o porquê do nosso sorriso e da nossa paciência e solidariedade, podemos responder que ‘Jesus ainda está aqui, continua vivendo no meio de nós. Ele está aqui na Praça, vivo e ressuscitado'”. (JSG)

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