Prêmio de Academias Pontifícias 2017 destaca importância do latim para a Igreja

Cidade do Vaticano (Terça-feira, 02-05-2017, Gaudium Press) O Prêmio das Academias Pontifícias, o concurso de humanidades da Santa Sede, corresponde em sua edição 2017 à Pontifícia Academia para o Latim. O concurso, que outorgará um prêmio de 20 mil euros ao ganhador eleito pelo Papa Francisco, destaca a importância do latim para a Igreja na atualidade.

O concurso terá dois temas de participação: Propostas metodológicas para o ensinamento do latim hoje e a recepção do latim cristão antigo entre as eras medieval e moderna. O primeiro tema “está reservado às instituições (academias, escolas, associações, fundações, grupos de investigação, etc.) que estão envolvidas na atividade formativa dos jovens”, explicou a nota de imprensa do lançamento do concurso. O segundo tema está designado para os acadêmicos entre 25 e 40 anos que tenham produzido teses doutorais ou publicações sobre o tema nos últimos cinco anos”. As instituições e candidatos tem prazo até o dia 12 de maio para apresentar seus trabalhos.

“Depois de uma profunda e detalhada discussão entre os membros da Academia, estas duas áreas foram selecionadas porque são inspiradoras”, explicou o Padre Roberto Spataro, Secretário da Pontifícia Academia para o Latim. “Muitos pesquisadores estão estudando a influência do latim clássico e cristão através dos séculos. Além disso, novas e exitosas metodologias para ensinar latim foram adotadas nos últimos anos em todo o mundo, especialmente o chamado ‘método natural’ de acordo com o qual o latim deve ser ensinado como um idioma falado”.

O sacerdote recordou que a Pontifícia Academia para o Latim foi criada por Bento XVI para que a Igreja universal não esqueça “que o latim é a chave para um imenso tesouro de sabedoria e conhecimento”. Alguns dos principais documentos da Igreja são escritos hoje em dia em latim e nesta língua se conservam os documentos da Igreja ao longo dos séculos. “Esta linguagem foi por muito tempo o meio de diálogo entre a Fé e a razão”, acrescentou o Padre Spataro. (EPC)