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Autor católico nos EUA propõem método para orar com ajuda da arte sacra

Washington – Estados Unidos (Quarta-feira, 07-06-2017, Gaudium Press) A Igreja Católica tem promovido ao longo da história o desenvolvimento da Arte Sacra como um importante canal de evangelização e como ajuda à vida espiritual dos crentes, em particular quando se vincula à celebração dos Sacramentos nos templos que contribuem para elevar o espírito até Deus. Mas a arte sacra pode também ter uma presença cotidiana na espiritualidade dos fiéis, como propõem o redator norte-americano Chris Burne em um artigo publicado no meio católico ‘Catholic Stand’.

Burne afirma que dentro da Igreja há uma grande riqueza espiritual e de oração. “Temos algo para cada pessoa em cada nível de compromisso”, indicou, propondo “outra via que alguns poderiam encontrar útil e desfrutável, isto é usar a arte para enriquecer a própria vida de oração”.

Após recordar a enorme tradição da Igreja em disciplinas como a escultura, os vitrais e a arquitetura sacra e sua contribuição para comunicar as verdades da Fé, Burne recordou que os crentes que se beneficiaram da arte sacra não foram somente os iletrados, mas também os crentes mais cultos se converteram em seus promotores. A arte encontrou na Fé sua inspiração mais elevada e nos membros da Igreja o patronato que requeria para ser possível.

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Como método de oração com ajuda da arte sacra, Burne propôs uma adaptação da ‘Lectio Divina’. Os diferentes passos deste método de oração podem ser realizados com a ajuda de uma obra de arte sacra: Leitura, Meditação, Oração e Contemplação da obra artística como plataforma para as realidades eternas. A leitura da Sagrada Escritura se substitui neste caso pela observação da obra, que requer prestar atenção aos pequenos detalhes e estar atentos à própria impressão que a composição causa no observador.

A meditação propõem vincular as impressões da obra com os demais sentidos e sugere que quem medita se imagine como presente na cena, assumindo um dos personagens e vivendo o que isso significa. Esta reflexão dá início à outra etapa: a de Oração. Neste diálogo amoroso com Deus a obra pode inspirar novos conteúdos e linhas de conversa com o Criador. Finalmente, o autor propõem chegar à contemplação, superando as circunstâncias materiais da obra e buscando sentir o que a obra mesma comunica a nível espiritual (consolo, admiração, etc), envolvendo a obra no diálogo com Deus.

Para encontrar arte digna de empregar na oração, o autor sugeriu visitar os templos (em particular as Catedrais) e descobrir as obras de arte sacra que movem a oração de forma mais poderosa -algumas das quais poderia estar na Via Crucis ou nas capelas laterais-, visitar os museus que conservam obras de grande história e notável perfeição técnica e cujas coleções podem ser vistas também através da internet ou visitar as bibliotecas para conhecer as obras através dos livros de arte, os quais são frequentemente de grande formato e alta qualidade de impressão. Esta experiência não apenas enriquece a vida espiritual, como também oferece uma nova perspectiva da enorme contribuição da Igreja à cultura e o esplendor da vida. “A próxima vez que seja confrontado com perspectivas negativas do catolicismo, pense simplesmente na magnificência dada ao mundo por nossa Fé e nossa Igreja”, concluiu. “Isso deveria ser suficiente”. (EPC)

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