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Os dez anos da V Conferência de Aparecida, na visão de Dom Brandes

Aparecida – São Paulo (Segunda-feira, 19-06-2017, Gaudium Press) No ano de 2007, entre os dias 13 e 31 de maio, teve lugar no Santuário Nacional de Aparecida, em São Paulo, a V Conferência Geral do Episcopado Latino-Americano e Caribenho (V CELAM). Naquela época, o encontro contou com a presença do então Papa Bento XVI, além de aproximadamente 300 bispos do continente, tornando-se assim em um dos eventos mais marcantes para a Igreja no Brasil e, em especial, para a Casa da Padroeira do Brasil.

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Bispos reunidos durante a V Conferência de Aparecida, em 2007 | Foto: reprodução

Passados dez anos da conferência, que inclusive, teve a participação de Dom Orlando Brandes, que atuou como delegado dos Bispos de Santa Catarina, na condição de bispo diocesano de Joinville, o agora Arcebispo de Aparecida descreveu recentemente, conforme seu ponto de vista, a principal finalidade daquela reunião.

“A V Conferência se propôs a propiciar um encantamento por Jesus, a redescobrir a beleza e a alegria de ser cristão e a transformar nossa Igreja em uma ‘Igreja de atração’. Conhecer Jesus é nossa alegria, seguir Jesus é uma graça, transmitir Jesus é um tesouro (DAp n. 18)”, disse dom Orlando.

Despertar e formar discípulos missionários

O intuito primordial da V Conferência foi aprofundar e fazer acontecer o Concílio Vaticano II, tendo como desafio fundamental despertar e formar discípulos missionários que comunicassem a experiência do encontro vivo com Jesus Cristo.

Naquele tempo, o histórico encontro dos bispos latino-americanos e caribenhos resultou no texto conclusivo intitulado Documento de Aparecida.

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Dom Orlando Brandes
Foto: reprodução

“Uma Igreja de cristãos discípulos missionários deve estar a serviço da vida. Por isso, o Documento de Aparecida estende a mão, oferece luz, esperança, coragem e ternura a todos. O Reino de Deus é o reino da vida. Jesus trouxe-nos vida em plenitude. Há em Aparecida uma opção pela vida. Um fato comovente, relatado no Documento de Aparecida, refere-se aos peregrinos e devotos de Nossa Senhora e ao Santuário Nacional. Atestam os Bispos: sentimo-nos acompanhados pela oração de nosso povo católico, representado, visivelmente, pela companhia do Pastor e dos fiéis da Igreja de Deus em Aparecida e pela multidão de peregrinos de todo o Brasil e de outros países da América ao Santuário, que nos edificaram e evangelizaram (DAp n.3)”, afirmou o arcebispo.

A participação do Cardeal Bergoglio

Entre os fatos mais emblemáticos do evento foi a participação do então Cardeal de Buenos Aires, na Argentina, Jorge Mario Bergoglio, que, seis anos mais tarde, tornou-se o Papa Francisco.

“Ele (Dom Bergóglio, atualmente Papa Francisco) foi o presidente da Comissão de Redação do Documento”, lembrou Dom Brandes.

De acordo com o prelado, coube ao hoje Pontífice a maior e mais difícil tarefa, uma vez que “grande parte do sucesso do Documento de Aparecida deve-se a ele e à Comissão de Redação”.

“Quem o lê logo percebe a unção, a sabedoria, a fé, a alma e o coração do Papa Francisco. O que ali está escrito nos comove e move, arrebata e encoraja, anima e fortalece. A luz do Espírito Santo e a doçura de Maria perpassam cada página do Documento”, ressaltou o Arcebispo de Aparecida. (LMI)

Da redação Gaudium Press, com informações A12

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