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Ser discípulo exige uma relação prioritária com o Mestre, diz Papa

Cidade do Vaticano (Segunda-feira, 03-07-2017, Gaudium Press) Dirigindo-se a milhares de fiéis e peregrinos e também turistas reunidos na Praça São Pedro para a recitação do Angelus, procurou ressaltar “aspectos essenciais para a vida dos discípulos missionários”.

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Francisco afirmou na preleção que faz antes desta oração mariana que “A condição do discípulo exige uma relação prioritária com o mestre”, um vínculo de amor que faz com que este seja “um representante dele, um “embaixador” dele, sobretudo com o modo de ser, de viver”.

Evangelho de São Marcos

Francisco inspirou as palavras de sua reflexão no capítulo 10 do Evangelho de São Mateus, trecho em que “Jesus instrui os doze apóstolos no momento em que, pela primeira vez, os envia em missão aos povoados da Galileia e da Judéia”.

Na parte final desta passagem, afirma o Papa, Jesus sublinha dois aspectos essenciais para a vida do discípulo missionário:
“O primeiro, que a sua ligação com Jesus seja mais forte do que qualquer outra ligação; o segundo, que o missionário não leve a si mesmo, mas Jesus, e por meio d’Ele, o amor do Pai celeste. Estes dois aspectos estão ligados, porque quanto mais Jesus está no centro do coração e da vida do discípulo, mais este discípulo é “transparente” a sua presença. Estas duas coisas caminham juntas”.

Para o discípulo, Jesus é o Senhor

Para o Papa Francisco, quando Jesus diz “Quem ama seu pai ou sua mãe mais que a mim, não é digno de mim”, não quer dizer que isto não seja bom e legítimo, que “Ele nos queira sem coração e privados de reconhecimento”, mas que isto “não pode se antepor a Cristo”, “porque a condição do discípulo exige uma relação prioritária com o mestre”, tornando-se um com Ele:

“Quem se deixa atrair por este vínculo de amor e de vida com o Senhor Jesus torna-se um representante seu, um “embaixador” seu, sobretudo com o modo de ser, de viver. A tal ponto, que Jesus mesmo, enviando os discípulos em missão, diz a eles: “Quem vos recebe, a mim recebe. E quem me recebe, recebe aquele que me enviou””.

Assim – prossegue o Papa – “é necessário que as pessoas possam perceber que para aquele discípulo, Jesus é realmente “o Senhor”, é realmente o centro, o tudo da vida. Não importa se depois, como toda pessoa humana, tenha os seus limites e também os seus erros – desde que tenha a humildade de reconhecê-los; o importante é que não tenha o coração duplo, isto é perigoso”, adverte Francisco.

“Sou cristão, sou discípulo de Jesus, sou sacerdote, sou bispo, mas tenho um coração duplo. Não, isto não está certo”.

Coração Duplo

“Não se deve ter um coração duplo, mas um coração simples, unido; que não tenha “o pé em dois calçados”, mas seja honesto consigo mesmo e com os outros”:

“A duplicidade não é cristã. Por isto Jesus reza ao Pai para que os discípulos não caiam no espírito do mundo. Ou estás com Jesus, com o espírito de Jesus, ou estás com o espírito do mundo”, diz Francisco sublinhando em seguida que “a experiência de sacerdotes nos ensina uma coisa muito bonita e uma coisa muito importante: é justamente esta acolhida do santo povo fiel de Deus, é justamente o “copo de água fresca” – do qual fala hoje o Evangelho – dado com fé afetuosa, que te ajuda a ser um bom padre:

“Há uma reciprocidade também na missão: se tu deixas tudo por Jesus, as pessoas reconhecem em ti o Senhor; mas ao mesmo tempo te ajuda a te converteres cada dia a Ele, a te renovar e purificar dos pactos e a superar as tentações. Quanto mais um sacerdote é próximo ao povo de Deus, tanto mais se sentirá próximo a Jesus. E quanto mais um sacerdote é próximo a Jesus, tanto mais se sentirá próximo ao povo de Deus”. (JSG)

(Da Redação Gaudium Press, com informações RV)

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