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“O perdão divino é o motor da esperança”, diz Francisco na Audiência Geral

Cidade do Vaticano (Quarta-feira, 09-08-2017, Gaudium Press) A Audiência Geral desta quarta-feira foi realizada na Sala Paulo VI, no Vaticano.

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Os sete mil lugares da sala estavam todos ocupados por peregrinos e fiéis que foram ouvir o Papa.

Neste período de intenso calor em Roma, este encontro semanal não costuma ser realizado na Praça São Pedro, mas na Sala Paulo VI, um ambiente fechado com a temperatura controlada através de aparelhos de ar condicionado que são movidos por energia oriunda de painéis solares.

O tema da reflexão proposta por Francisco foi: “O perdão, motor da esperança” que teve como base o capítulo 7 do Evangelho de Lucas.

Perdão motor da Esperança

O Papa iniciou a catequese comentando a reação dos convidados de Simão ao ver Jesus perdoar a pecadora, um gesto considerado ‘escandaloso’.

Francisco recordou que, segundo a mentalidade da época, Jesus não deveria permitir que a mulher se inclinasse sobre seus pés para lavá-los com perfume; a separação entre o santo e o pecador, entre o puro e o impuro, deveria ser nítida.

Mas, comenta o Papa, “Desde o início do seu ministério público, Jesus aproxima-Se e deixa aproximar de Si leprosos, endemoninhados, doentes e marginalizados. Quando encontra uma pessoa que sofre, Ele assume como próprio o sofrimento dela: não prega que este sofrimento se deve suportar heroicamente, mas faz Sua aquela pena”.

Coração misericordioso e os pecadores

Para o Pontífice, o comportamento que caracteriza o cristianismo é a misericórdia, compaixão. Por isso, diz o Papa, onde houver um homem ou uma mulher sofrendo, Jesus vai querer a sua cura, sua libertação e sua vida plena.
E é por isso, explicou ainda Francisco, que Jesus acolhe os pecadores de braços abertos:

“Quanta gente perpetua numa vida de erros por não encontrar ninguém que os veja com os olhos diferentes, com o coração de Deus, ou seja, com esperança? Jesus entrevê uma possibilidade de ressurreição mesmo para quem fez um monte de opções erradas”.

O custo dessa atitude de Nosso Senhor

“Jesus não foi crucificado porque cura doentes, prega a caridade e proclama as Bem-aventuranças, mas (e sobretudo) porque perdoa os pecados, quer a libertação total e definitiva do coração humano, não aceita que o ser humano arruíne toda a sua existência com uma ‘tatuagem’ indelével, com o pensamento de não poder ser acolhido pelo coração misericordioso de Deus”.

“Por isso, perdoa aos pecadores. E este perdão divino é o motor da esperança! Com o perdão, os pecadores readquirem a serenidade a nível psicológico, vendo-se livres do sentimento de culpa. Mas Jesus faz muito mais: oferece-lhes a esperança de uma vida nova, uma vida caraterizada pelo amor”.

A Igreja é composta por pecadores

Somos todos pobres pecadores, carentes da misericórdia de Deus, que tem a força de nos transformar e de nos oferecer esperança, todos os dias.

Concluindo, o Papa completou:

“A quem compreendeu esta verdade basilar, Deus confia a missão mais bela do mundo: o anúncio de uma misericórdia que Ele não nega a ninguém”. (JSG)

(Da Redação Gaudium Press, com informações RV)

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