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Papa: Nenhuma noite é longa a ponto de fazer esquecer a alegria da aurora

Cidade do Vaticano (Quarta-feira, 11-10-2017, Gaudium Press) Falando aos mais de 20 mil peregrinos presentes na Praça São Pedro, durante a Audiência Geral desta quarta-feira, 11 de outubro, o Papa tratou em sua catequese do tema da “espera vigilante”: “um dos fios condutores do Novo Testamento”, disse ele.

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Não esquecer a alegria da Aurora: assumir responsabilidades

“Nenhuma noite é longa a ponto de fazer esquecer a alegria da aurora”, ” a certeza de que no final de nossa história está Jesus Misericordioso, é suficiente para ter confiança e não amaldiçoar a vida”: “Cada manhã é uma página branca que o cristão começa a escrever com as obras de bem”, disse o Papa ao ir situando para seus ouvintes o tema proposto.

Francisco lembrou aos presentes que o Evangelho nos recomenda a ser “como servos que nunca dormem, até que o seu patrão volte. Este mundo exige a nossa responsabilidade e nós a assumimos inteiramente, com amor. Jesus quer que a nossa existência seja laboriosa, que nunca baixemos a guarda, para colher com gratidão e estupor cada novo dia a nós doado por Deus. Cada manhã é uma página branca que o cristão começa a escrever com as obras de bem”.

Plena Realização e Esperança

Depois de sermos redimidos por Jesus que nos trouxe a redenção, agora, “esperamos a plena manifestação de seu senhorio”, “e quando este dia chegar, nós cristãos queremos ser como aqueles servos que passaram a noite com as cinturas cingidas e as lâmpadas acesas: é necessário estar prontos para a salvação que chega, prontos para o encontro”:

“O cristão não é feito para o tédio, mas para a paciência. Sabe que também na monotonia de certos dias sempre iguais, está escondido um mistério de graça. Existem pessoas que com a perseverança de seu amor se tornam como poços que irrigam o deserto. Nada acontece em vão, e nenhuma situação em que o cristão se encontra mergulhado é completamente refratária ao amor.

Nenhuma noite é longa a ponto de fazer esquecer a alegria da aurora. E quanto mais escura é a noite, mais próxima é a aurora. Se nos mantivermos unidos a Jesus, o frio dos momentos difíceis não nos paralisa; e mesmo se o mundo inteiro pregasse contra a esperança, se dissesse que o futuro trará somente nuvens escuras, o cristão sabe que neste mesmo futuro está a volta de Cristo”.

Quando estas coisas se darão não se sabe, “mas a certeza de que no final de nossa história está Jesus Misericordioso, é suficiente para ter confiança e não amaldiçoar a vida”, recordou Francisco para reforçando seu pensamento.

Confiança, Esperança na Providência: Tudo se tornará Luz

O Pontífice reforçou as ideias de sua reflexão destacando que o fato de termos conhecido Jesus nos faz “perscrutar a história com confiança e esperança”:

“Jesus é como uma casa, e nós estamos dentro, e das janelas desta casa nós olhamos o mundo. Por isto, não nos fechemos em nós mesmos, não lamentemos com melancolia um passado que se presume dourado, mas olhemos sempre em frente, para um futuro que não é somente obras de nossas mãos, mas que antes de tudo é uma preocupação constante da providência de Deus. Tudo isto que é opaco, um dia se tornará luz”.

Deus quer para nós conhecimento da verdade e Salvação

O Papa afirmou com firmeza que “Deus não desmente a si mesmo”, “a sua vontade em relação a nós não é nebulosa, mas é um projeto de salvação bem delineado, Deus quer que todos sejam salvos e cheguem ao conhecimento da verdade”.

“Por este motivo, não nos abandonemos ao fluir dos eventos com pessimismo, como se a história fosse um trem do qual se perdeu o controle. A resignação não é uma virtude cristã. Como não é cristão erguer as costas ou baixar a cabeça diante de um destino que nos parece inelutável”, ensinou o Santo Padre.

Para Francisco, quem traz esperança ao mundo nunca é uma pessoa remissiva, assim como “não existe construtor de paz, que no final das contas, não tenha comprometido a sua paz pessoal, assumindo os problemas dos outros”.

“A pessoa remissiva não é um construtor de paz, mas um preguiçoso, alguém acomodado. Já o cristão, é construtor de paz quando se arrisca, quando tem a coragem de se arriscar para levar o bem, o bem que Jesus nos deu, nos deu como um tesouro”, sublinhou o Papa.

Vem Senhor Jesus

Chegando ao final de suas reflexões, o Papa Francisco convidou todos a repetir a invocação que os primeiros discípulos faziam e que se encontra no último versículo da Bíblia: “Vem Senhor Jesus”.
Para o Papa, “um refrão de cada existência cristã: no mundo não temos necessidade de outra coisa, senão de um carinho de Cristo”. (JSG)

Da Redação Gaudium Press, com informações RV)

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