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Idolatria do dinheiro mata; Deus é o fundamento da existência, diz Francisco

Cidade do Vaticano (Segunda-feira,23-10-2017, Gaudium Press) Celebrando na Capela da Casa Sant Marta, na manhã desta segunda-feira, o Papa Francisco ao recordar que os maios de comunicação social anunciam “tantas calamidades, tantas injustiças” sugeriu que fossem elevadas fortes orações a Deus pedindo a conversão dos homens a fim de que possam conhecer a Deus Nosso Senhor e “não adorem o dinheiro”.

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As reflexões de Francisco caminharam a concluir-se que é vão apoiar-se nos bens terrestres e ressaltar que o verdadeiro tesouro é a relação com Deus Nosso Senhor, tudo baseado no trecho do Evangelho de São Lucas que traz a parábola do homem rico para o qual suas riquezas “são o seu deus”.

A Parábola
O Papa explicou aos seus ouvintes que diante da abundância de sua colheita aquele homem quer cada vez mais: quer ampliar seus próprios depósitos e em sua imaginação, em sua “fantasia”, procura “alargar a vida”, ou seja que ajuntar “mais bens, até à náusea”, sem nunca chegar à “saciedade”.

Enriquecer-se junto a Deus

É desse modo que se “entra naquele movimento de consumismo exasperado”, afirmou Francisco, completando seu pensamento:
“É Deus que coloca o limite a este apego ao dinheiro. Quando o homem se torna escravo do dinheiro. E esta não é fábula que Jesus inventa: esta é a realidade. É a realidade de hoje. É a realidade de hoje. Muitos homens que vivem para adorar o dinheiro, para fazer do dinheiro o próprio deus. Tantas pessoas que vivem somente para isto e a vida não tem sentido. ‘Assim faz quem acumula tesouros para si – diz o Senhor – e não se enriquece junto a Deus’: não sabem o que é enriquecer-se junto a Deus”.

Idolatria que mata

“Esta idolatria mata de fome muitas pessoas. Pensemos somente num caso: em 200 mil crianças rohingya nos campos para refugiados. Ali existem 800 mil pessoas. 200 mil são crianças. Mal têm o suficiente para comer, estão desnutridas, sem medicamentos. Também hoje isso acontece. Não é algo que o Senhor fala daqueles tempos: não. Hoje! E a nossa oração deve ser forte: Senhor, por favor, toca o coração dessas pessoas que adoram o deus, o deus dinheiro. Toca também o meu coração para que eu não caia nisso, que eu saiba ver”.

Riqueza sim, em Deus

Outra consequência da adoração ao dinheiro, prossegue o Papa, é a guerra. Inclusive a guerra familiar:
“Todos nós sabemos o que acontece quando está em jogo uma herança: as famílias se dividem e acabam no ódio uma pela outra. O Senhor destaca com suavidade, no final: ‘Quem não se enriquece junto a Deus’. Este é o único caminho. A riqueza, mas em Deus. E não é um desprezo pelo dinheiro, não. É justamente a cobiça, como Ele diz: a cobiça. Viver apegados ao deus dinheiro”.

Para encerrar o Papa explica que nossa oração, nesse sentido, diante do Senhor: devemos rezar uma oração forte pedindo para buscar em Deus o sólido fundamento da nossa existência. (JSG)

(Da Redação Gaudium Press, com Informações RV)

 

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