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"Sem o amor, tanto a vida quanto a fé permanecem estéreis", sustenta Papa, no Angelus

Cidade do Vaticano (Segunda-feira, 30-10-2017, Gaudium Press) – No domingo, 29/10, quando o calendário litúrgico indicava o XXX Domingo do Tempo Comum, o Santo Padre, como tradicionalmente faz, dirigiu-se aos milhares de fiéis, peregrinos e também turistas que se encontravam na Praça São Pedro para a recitação do Angelus.

As reflexões do Papa foram feitas a propósito do Evangelho do dia, Mateus, 22, 34-40, que, para Francisco, traz uma mensagem breve, porém muito importante: “Sem o amor, quer a vida quer a fé permanecem estéreis”.

Pergunta falaciosa

Um fariseu, doutor da Lei, pergunta a Jesus, com o intuito de insidiosamente colocá-lo à prova: “Mestre, na Lei, qual é o maior mandamento?” (v.36).
A pergunta é falaciosa porque na Lei de Moisés são mencionados mais de 600 preceitos e então, entre tantas regras como distinguir qual seria o maior mandamento?

Francisco afirmou que Jesus “não teve nenhuma hesitação em responder: “Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todo o teu entendimento”” e Jesus “ainda acrescentou: ‘Amarás ao teu próximo como a ti mesmo'”.

Nos comentários desta passagem, o Pontífice deduz que “entre os múltiplos preceitos da lei judaica, os mais importantes eram os dez mandamentos, comunicados diretamente por Deus a Moisés, porém, Jesus queria fosse entendido que sem o Amor por Deus e pelo próximo não existe verdadeira fidelidade a esta aliança com o Senhor: o homem pode fazer coisas boas, cumprir todos os preceitos, mas se não for feito por amor, isto de nada vale”.

Resposta que põe Ordem na Religiosidade

O Santo Padre mostrou que “respondendo aos fariseus que o haviam interrogado, Jesus procura também ajudá-los a colocar ordem na sua religiosidade, a restabelecer aquilo que realmente é importante e aquilo que é menos importante. Diz: “Toda a Lei e os profetas dependem desses dois mandamentos” (Mt 22,40). São os mais importantes e os outros dependem destes dois”.

E Jesus viveu exatamente assim a sua vida, comentou Francisco: “pregando e fazendo aquilo que realmente é importante e é essencial, isto é, o amor”. “O amor dá impulso e fecundidade à vida e ao caminho de fé: sem o amor, quer a vida quer a fé permanecem estéreis”.

As Lições do Evangelho e o “Sonho” de Deus

“O que Jesus propõe nesta página do Evangelho é um ideal estupendo, que corresponde ao desejo mais autêntico de nosso coração. De fato, nós fomos criados para amar e ser amados. Deus, que é amor, nos criou para tornar-nos partícipes da sua vida, para sermos amados por Ele e para amá-lo, e para amar com Ele todas as outras pessoas”, diz Francisco que, para concluir afirma:

“Este é o “sonho” de Deus para o homem. E para realizá-lo temos necessidade da sua graça, temos necessidade de receber em nós a capacidade de amar que provém do próprio Deus. Jesus se oferece a nós na Eucaristia justamente para isto. Nela, nós recebemos o seu Corpo e o seu sangue, isto é, recebemos Jesus na expressão máxima de seu amor, quando Ele ofereceu a si mesmo ao Pai para a nossa salvação”.

“Que a Virgem Santa nos ajude a acolher em nossa vida “o grande mandamento” do amor de Deus e do próximo”, disse o Papa para concluir sua alocução do Angelus, no domingo. (JSG)

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