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No Dia de Finados, Papa Francisco celebrou Missa no Cemitério de Nettuno

Cidade do Vaticano (Sexta-feira, 03-11-2017, Gaudium Press) No Dia de Finados o Papa Francisco deixou o Vaticano e, de automóvel, percorreu cerca de 50 Km até a Diocese de Albano onde celebrou uma Missa no cemitério de Nettuno em sufrágio das almas dos fiéis defuntos.

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Antes de presidir a celebração, o Papa rezou diante dos túmulos onde estão sepultados os restos mortais dos soldados americanos que perderam a vida combatendo na Itália durante a II Guerra Mundial.

Reencontro com Deus, sem massacre inútil

Durante a Santa Missa, Francisco não usou texto escrito em sua homilia e nela repetiu as palavras de São Paulo colocadas na segunda leitura do dia: “A esperança não decepciona”.

E, então, comentou: “Mas a esperança muitas vezes nasce e finca raízes em muitas chagas humanas, em muitas dores humanas. Esses momentos de dor nos fazem olhar o céu e dizer ‘creio que o Redentor está vivo, mas chega Senhor, não mais a guerra. Nunca mais esse massacre inútil’, como disse Bento XV”.

Continuando, o Papa prosseguiu com seu pensamento afirmando que seria melhor esperar o reencontro com Deus sem essa destruição, sem ver milhares e milhares de jovens mortos e esperanças despedaçadas:

“Não mais, Senhor. Isso devemos dizer hoje, rezemos por todos os mortos, mas de modo especial por esses jovens. Hoje que o mundo mais uma vez está em guerra e se prepara ainda mais fortemente para a guerra. Nunca mais Senhor. Com a guerra, tudo se perde.”

Destruição de si mesmo

“Esta é a guerra. A destruição de nós mesmos”, mostrou o Santo Padre para afirmar que a humanidade não pode esquecer hoje as lágrimas derramadas em guerras, as lágrimas das mães e esposas quando recebiam a notícia da morte de seus filhos e maridos.

Continuando, Francisco afirmou que “a humanidade não aprendeu a lição e parece que não quer aprendê-la”:

“Quando muitas vezes na história os homens pensam em fazer uma guerra, estão certos de levar um mundo novo, de fazer uma primavera e tudo acaba num inverno cruel, reino do terror e de morte. Hoje, rezemos por todos os defuntos, mas de modo especial por esses jovens. Num momento onde muitos morrem nas batalhas de todos os dias, nesta guerra em pedaços, rezemos também pelos mortos de hoje em guerra, inclusive crianças inocentes. Este é o fruto da guerra: a morte. Que o senhor nos dê a graça de chorar.”

Fossas Ardeatinas e Cripta de São Pedro

Após celebrar a Santa Missa, o Papa Francisco visitou as “Fossas Ardeatinas” e ali se deteve rezando brevemente pelos 335 civis e militares italianos que em 24 de março de 1944 foram assassinados pelas tropas de ocupação alemãs.

Após regressar ao Vaticano, o Pontífice foi até a cripta da Basílica Vaticana onde rezou em sufrágio dos Papas ali sepultados e também de todos os defuntos. (JSG)

 

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