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Clarissa Franciscana, mártir indiana, será beatificada sábado

Cidade do Vaticano (Sexta-feira, 03-11-2017, Gaudium Press) Irmã Rani Maria Vattalil, das Irmãs Clarissas Franciscanas que foi assassinada em 1995 e que teve sua morte reconhecida pela Igreja como sendo perpetrada por ódio à Fé, será beatificada no próximo sábado, 4 de novembro, em Indore, na Índia.

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A propósito da Beatificação, o Prefeito da Congregação das Causas dos Santos, Cardeal Angelo Amato, concedeu à Rádio Vaticano uma entrevista sobre a Religiosa, na ocasião ele falou sobre as condições em que ocorreu o martírio da Irmã Rani Maria Vattalil.

Pregava o Evangelho, Repetia o nome de Jesus

O Cardeal Amato contou que “Irmã Rani tinha fome e sede de justiça. Por isto foi morta, em 25 de fevereiro de 1995, enquanto viajava de ônibus para Bhopal. O assassino desferiu 54 golpes de faca em seu corpo. Foi um verdadeiro massacre. Enquanto era morta, a Irmã repetia o nome de Jesus”.

Comentando o motivo da agressão e porque tanto ódio, o Purpurado afirmou que “O motivo de tanta raiva homicida foi o fato de que a Irmã pregava o Evangelho da caridade e defendia os pobres da injustiça daqueles que, de modo fraudulento, se apropriavam de suas terras. Para opor-se a este abuso, Irmã Rani buscava evitar que os pequenos proprietários se suicidassem ou tivessem um triste destino de indigência”.

Para o Prefeito da Congregação das Causas dos Santos, “a obra social de Irmã Rani tinha a gratidão do povo, mas atraía a ira dos prepotentes”.

Dom Amato destacou que “um sinal evidente da eficácia apostólica do martírio da religiosa, foi o fato de seu assassino expressar publicamente o seu arrependimento”.

O Cardeal ainda declarou à Rádio Vaticano que “O martírio de Irmã Rani é uma bênção não somente para a Missão de Udainagar, mas para toda a Igreja Católica na Índia e para toda a Igreja’.
Para o Purpurado, o sacrifício da Irmã Rani tornou-se um farol de luz para a multidão de missionários, que encontram nela inspiração e proteção para a sua difícil obra de bem. “Desde sempre, comenta o Cardeal Amato recordando que “os martírios tornaram fértil a terra para a geração de novos cristãos. As Irmãs Franciscanas Clarissas estão particularmente orgulhosas de ter agora, além da proteção celeste (de outra religiosa clarissa) Santa Alfonsa Muttathupaddathu, também a da Beata Irmã Rani Maria Vattalil”.

Perseguição aos Católicos persiste

A propósito do que disse o Cardeal Amato, “os martírios tornaram fértil a terra para a geração de novos cristãos” é bom recordar que na Índia atual, fontes indianas indicam que, na região de Jharkhand, os cristãos estão denunciando uma lei do Governo que castiga com pena de prisão quem for considerado culpado de converter outra pessoa ao cristianismo.
Esta lei “anti-conversão” provocou na última semana manifestações populares em Ranchi quando por volta de 10 mil pessoas saíram às ruas para protestar contra esta lei persecutória.

O atual governo de Jharkhand está nas mãos do partido nacional hindu Bharatiya Janata, que determinou uma “pena de prisão até três anos, se uma pessoa for culpada de converter alguém”.
Esta atitude do governo não faz senão acentuar o clima de insegurança em que os cristãos vivem na Índia, particularmente as comunidades mais frágeis, como os cristãos tribais.

Um relatório publicado em 2017 pelo Conselho Cristão da Índia assegura que, em média, são registrados naquele país um ataque contra cristãos a cada 40 horas. (JSG)

 

 

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