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Exposição apresenta São Francisco de Assis por meio de manuscritos e gravuras antigas

Israel – Jerusalém (Quinta-feira, 16-11-2017, Gaudium Press) “Francisco de Assis através dos livros antigos da Custódia da Terra Santa”, assim se intitulou a exposição que a Biblioteca Geral da Custódia da Terra Santa organizou de 07 à 09 de novembro para comemorar os 800 anos de presença franciscana na Terra Santa.

Diferentes manuscritos, xilografias, miniaturas e caligrafias de meados do século XIV ao século XVIII, refletiram o carisma de São Francisco e também as obras mais valiosas da biblioteca dos franciscanos.

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“Isto é o que representa a biblioteca; um depósito de experiências de 800 anos da presença franciscana. Para celebrar este aniversário temos pensado em mostrar ao público as experiências originais; assim como se escrevia”, assinalou o Padre Lionel Goh, ofm, Diretor da Biblioteca da Custódia da Terra Santa, que foi entrevistado pelo ‘Christian Media Center’ – Custódia da Terra Santa.

Esta iniciativa ocorre dentro do projeto “Livros, fontes de paz”, que vem promovendo a Universidade Católica de Milão em união com a associação ‘ATS pro Terra Sancta’, com o objetivo de mostrar a partir de diversas etapas como os livros dos frades franciscanos mantêm viva a memória de São Francisco de Assis.

Quatro são as seções que constituem a mostra. A primeira recolheu aquelas representações do “Pobre de Assis” nos livros. Dela se destacou um antifonário que data de finais do século XIV onde se mostra uma miniatura de São Francisco de Assis em São Damião visitando as Clarissas e a ‘Medula Evangeli’, na qual se reflete o nexo profundo entre a regra franciscana e o Evangelho. Também há inscrições em madeira ou metal.

A vida do Santo faz parte da segunda seção. “Não possuímos a vida escrita mais antiga aos inícios da experiência franciscana, mas temos um testemunho importante: a edição de 1509 da Legenda Maior de São Boaventura”, explicou Edoardo Barbieri da Universidade Católica de Milão.

A terceira se centrou nos textos de São Francisco e a quarta é a conclusão de toda a mostra. Sobre esta última expôs Barbieri: “Passamos à conclusão de nossa exposição, que tem um fim um pouco provocador: quisemos expôr este grande saltério destinado ao coro no qual se vê uma miniatura do século XVI com Francisco que recebe os estigmas. Aqui se vê no chão um livro abandonado, como dizendo que certamente para reconhecer a São Francisco há que conhecer seus escritos, entender o que disse, seguir no tempo com esta atenção, ao mesmo tempo isto de alguma maneira se superou, porque é somente a experiência direta de Cristo o que volta a propôr no tempo o carisma mesmo de São Francisco”.

No marco desta mostra, a Biblioteca Geral da Custódia da Terra Santa também organizou uma conferência sobre “Livros antigos e bibliotecas digitais, entre a catalogação e o prazer virtual do patrimônio cultural”, dirigida por Barbieri e com a participação de acadêmicos e estudantes de Jerusalém. (EPC)

 

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