Sínodo 2018: Muitos jovens desconhecem o que vai acontecer…, afirma dirigente de Leigos

Lisboa – Portugal (Terça-feira, 12-12-2017, Gaudium Press) Ultimamente tem-se falado muito em Sínodo. A quase toda hora a palavra sua bem ou mal empregada.

Para definir, o Sínodo dos Bispos pode ser, em termos gerais, como uma assembleia consultiva de representantes dos episcopados católicos de todo o mundo. A eles se juntam ainda peritos, especialistas e outros convidados também com a tarefa de ajudar o Papa no governo da Igreja: é uma definição ligeira.

Até nossos dias houve 14 assembleias sinodais gerais ordinárias e três extraordinárias. Todas são convocadas pelo Papa e as últimas delas foram dedicadas à Família, nos anos 2014 e 2015.

Sínodo dos Bispos – 2018

Vai ter um novo Sínodo no ano que vem e este Sínodo dos Bispos 2018 propõe ter como tema: “Os jovens, a fé e o discernimento vocacional”.

Em janeiro de 2017, o Vaticano divulgou o documento preparatório para o Sínodo, acompanhado de um inquérito online dirigido às novas gerações.

O Vaticano questiona os jovens e os responsáveis católicos sobre o descontentamento perante o atual sistema político, económico e social. “Como ouvem este potencial de protesto, para que se transforme em protesto e colaboração?”.

O texto fala numa geração “(híper)ligada”, para sublinhar que esta experiência de relacionamento através da tecnologia “estrutura a concepção do mundo, da realidade e das relações pessoais”.

A atual participação dos jovens

O diretor do Secretariado Nacional do Apostolado dos Leigos e da Família, José Cruz, apelou para uma maior participação no inquérito preparatório desse próximo Sínodo dos Bispos que deverá envolver os jovens.

Entre 19 e 24 de março próximo foi convocada pela Secretaria-Geral do Sínodo dos Bispos uma reunião pré-sinodal para a qual estão convidados jovens de várias partes do mundo, católicos ou de outras religiões, crentes ou não crentes.

O que José Cruz tem que afirmar é que, conforme salientou, “muitos jovens desconhecem” ainda este evento que acontecerá em 2018.

Para ele, um indicador que aponta para isso é que “até há pouco tempo havia 300 mil respostas” vindas “de todo o mundo”, relacionadas com esta consulta, que se desenvolve através de uma plataforma online e “que pode ser muito importante para a reflexão que os bispos vão fazer”.

O inquérito vai “até 31 de dezembro” e “o Papa precisa da opinião de todos os jovens”, sublinha o diretor do Secretariado Nacional do Apostolado dos Leigos e da Família, que inclui também o setor da Pastoral Juvenil.

O padre Filipe Diniz, que assumiu recentemente a direção do Departamento Nacional da Pastoral Juvenil, parece caminhar com José Cruz ele destaca a necessidade dos jovens de hoje “de terem algo que os congregue e entusiasme” e isto num contexto onde “há tanta dispersão, e com tantas realidades”. (JSG)