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Cardeal Rivera celebra a festa de Nossa Senhora de Guadalupe em seu Santuário

México – Cidade do México (Quarta-feira, 13-12-2017, Gaudium Press) Na principal manifestação pública do México, milhões de devotos celebraram a Solenidade de Nossa Senhora de Guadalupe que comemora as aparições da Santíssima Virgem no Monte de Tepeyac na capital do país. A Basílica de Guadalupe é o centro de peregrinação no qual confluem multitudinárias romarias, mas a celebração se estende a todas as cidades, onde em Santuários e Paróquias os mexicanos celebram a sua Mãe e Padroeira em uma festividade firmemente arraigada na identidade nacional. Os devotos desafiaram as baixas temperaturas de uma frente fria que afeta o país e a partir da véspera peregrinaram para demonstrar mais um ano de sua devoção filial.

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O Cardeal Norberto Rivera, Arcebispo do México, celebrou pela última vez a Solenidade à frente da Arquidiocese, e em sua homilia destacou a transcendência do acontecimento guadalupano na história. “Ela (a Virgem de Guadalupe) foi a que forjou esta pátria e segue caminhando conosco neste peregrinar da vida até seu Amado Filho, Jesus Cristo”, declarou o Cardeal. “Ela realiza uma perfeita inculturação, não um sincretismo (…). O Acontecimento Guadalupano não é nada disto. Ela não é nenhuma continuidade da idolatria, nem do antigo culto indígena, mas que Ela somente toma as coisas boas e verdadeiras da cultura humana desenvolvendo-as na plenitude de seu Filho Jesus Cristo”.

A Santíssima Virgem tomou em suas aparições no monte de Tepeyac os elementos positivos da cultura indígena e os incorpora à obra de evangelização que deu forma ao povo latino-americano. “Ela põem a Jesus dentro do coração humano, mais além de fronteiras, culturas, línguas, tradições; manifestando a participação de todos como a nova civilização do Amor. Civilização que une, que harmoniza, que integra a todos e que nos confirma em nossa dignidade de ser filhos de Deus e ser parte de sua única família”, explicou o purpurado. “Ela aparece no monte do Tepeyac, ao norte da Cidade do México, e também Ela fala o idioma indígena, toma características e conceitos indígenas; mas Ela é mãe de todos os povos, de todas as nações, de todas as estirpes; sua mensagem e sua imagem são tão profundas e atuais, cujo centro e essência é seu amado Filho, o Emmanuel, Deus conosco”.

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Sobre seu pedido de construir-lhe um templo, o Cardeal Rivera propôs aprofundar em um significado que vai além do material. “Temos que construir esta ‘casa sagrada’ desde o profundo do coração, tirar toda idolatria, todo erro, toda falsidade e traição, toda escuridão e temor, toda mentira e egoísmo”, exortou. “Também isto se manifesta na corrupção, na violência e na delinquência, estes são os desastres que aniquilam a esperança, como o tráfico nacional e internacional da droga que envenena e mata, o dinheiro mal adquirido, assassinatos, violências, sequestros, e demais desastres que são um verdadeiro terremoto contínuo que destrói a casa sagrada de nossa dignidade, de nossos valores, de nossa existência, de nossas famílias, de nossa juventude, de nossa vida”. A confiança no poder de Deus é o que sustenta a frase de Nossa Senhora no México: “Não tenhas medo”.

“Nossa Senhora de Guadalupe é nossa Mãe e Ela diz ter a honra e a dita de sê-lo, pois Ela é nossa proteção e resguardo, Ela é a fonte de nossa alegria, Ela nos coloca em seu mesmo amor, no oco do seu manto no cruzamento de seus braços”, exclamou o Arcebispo. “Não necessitamos de mais nada. A Mãe de Deus nos coloca exatamente em Jesus Cristo, Nosso Senhor, que venceu o pecado e a morte”. O prelado fez uma pausa em sua homilia para fazer uma sentida oração de ação de graças a Santíssima Virgem por sua presença em todos os momentos de sua vida desde a infância e durante seu serviço à frente da Arquidiocese do México, encomendando esta jurisdição à proteção de Nossa Senhora de Guadalupe, para “fazer silêncio e deter toda estridência do pecado e escutar o murmúrio do amor de Deus que nos pede dignificar a vida de todo irmão que necessita”.

“Obrigado por todos estes anos, por cada um dos momentos vividos neste serviço”, concluiu o Cardeal. “Obrigado minha Mãe, pois teu amor permanece e sempre permanecerá em meu coração. Obrigado meu Deus, Obrigado misericordioso Senhor do amor”. (EPC)

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