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“World Watch List 2018” aponta crescimento da perseguição “cristo-fóbica” no mundo

Roma – Itália (Quinta-feira, 11-01-2018, Gaudium Press) Em seus primeiros dados revelados pela Associação Portas Abertas incluídos em seu relatório anual “World Watch List 2018” fica demonstrado que existe “Ainda em aumento da perseguição contra os cristãos no mundo em termos absolutos. Hoje são mais de 215 milhões os cristãos perseguidos”.

A listagem publicada nesta quarta-feira, 10 / 01, compreende o período entre 1º de novembro de 2016 e 31 de outubro de 2017 e aponta os 50 países onde os cristãos são mais perseguidos.

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Perseguidos por causa da Fé

De acordo com a Agencia SIR, o relatório traz a lista dos 50 países onde a perseguição aos cristãos é mais acentuada e persistente.
Isto quer dizer que estes seriam os lugares onde os cristãos são mais perseguidos, onde passam por maus-tratos como “indivíduos ou grupos de pessoas devido à fé em Jesus”.

Tais perseguições vão desde discriminação cultural e social até o desconhecimento familiar, da privação de trabalho e de salário à abusos físicos, torturas, sequestros, mutilações, destruição de propriedades, prisão, assassinatos.

Quem são os perseguidores

A Coreia do Norte e o Afeganistão ocupam os primeiros lugares entre os perseguidores de cristãos. Eles são seguidos pela Somália, Sudão, Paquistão, Eritreia, Líbia, Iraque, Iêmen e Irã.

É no Paquistão que a perseguição contra o cristianismo assume a conotação mais violenta.

De acordo com o relatório divulgado na quarta-feira, a Colômbia e o México são os únicos países do continente americano incluídos na lista dos perseguidores.

Intolerância crescente

No período descrito pelo relatório foi verificada uma crescente intolerância a cristãos na Líbia e na Índia. Devido à crescente influência do radicalismo hinduísta, na Índia foram registrados casos de agressões cometidas contra 24 mil cristão.

A situação de intolerância religiosa com relação aos cristãos cresceu e piorou nos últimos meses no Nepal correr dos últimos meses a situação piorou também no Nepal – que no relatório 2018 passou a ocupar o 25º lugar – e o Azerbaijão.

Onde o número de perseguidos é maior

Segundo o Relatório apresentado, no Oriente Médio, 3.066 cristãos foram mortos por causa de sua fé e houve 15.540 ataques a igrejas, casas e lojas de cristãos. Isso retrata de fato um número grande de perseguições, porém, ela é maior, de outros modos, ela vai bem mais além:

1.922 cristãos foram detidos sem processo, 1.252 foram sequestrados, 33.255 foram “física ou mentalmente abusados”, 1.240 foram submetidos obrigados a realizarem matrimônios forçados, além dos milhares de estupros perpetrados contra cristãos, porque cristãos.

Perseguições em números

O Relatório World Watch List 2018 aponta que os cristãos perseguidos na África são 81,14 milhões, na Ásia e Oriente Médio 113,31 milhões, na América Latina 20,05 milhões.

Onde está a principal ameaça

A principal ameaça para os cristãos é representada pela difusão do islamismo fundamentalista.

O World Watch List 2018 identifica cinco tendências preocupantes no seio do maometanismo:
“a radicalização das áreas dominadas pelo islã” na África e no mundo muçulmano não árabe asiático;
“a disputa sunita-xiita”, que combatem entre si sobretudo no Oriente Médio e na Ásia;
o expansionismo islâmico em áreas de prevalência não muçulmana, especialmente na África Subsaariana, Indonésia, Malásia e Brunei;
a simultânea radicalização e o expansionismo islâmico, com o caso principal da Nigéria e uma limpeza étnica segundo a pertença religiosa, com evidente crescimento em alguns países africanos como no nordeste do Quênia, da Nigéria, da Somália e do Sudão.

Na Ásia, “Cristianofobia” do “nacionalismo religioso’

Na Ásia, os cristãos são mais atacados pelo “nacionalismo religioso”, que se assemelha a uma espécie de “tsunami” religioso que varre o continente deixando para trás “destruição e às vezes morte”.

A Índia é o caso mais preocupante entre os perseguidores asiáticos e o Nepal lhe segue como uma sombra.

A tendência “cristo fóbica” é registrada também no mundo budista.

Ali ela se manifesta através de uma “perseguição diferente nas expressões, mas crescente e mais astuta”. E este é bem o caso do Sri Lanka, Butão e Mianmar.

Os “nacionalismos ideológicos” também oferecem uma amostra da crescente fobia persecutória anticristã: China, Vietnã e Laos, locais onde “a ideologia comunista parece recobrar vida”.

O relatório reconhece ainda a “paranoia ditatorial” como sendo a fonte principal de perseguição em países como a Coreia do Norte e Eritreia.

A Colômbia e o México são, pelo contrário, vítimas de “corrupção e crime organizado, aliados ao antagonismo étnico”.

Boas Notícias

As “boas notícias” no relatório são apresentadas como uma ligeira melhora na situação persecutória no Quênia e Etiópia, além da “diminuição considerável da violência voltada contra os cristãos na Síria”, graças diminuição da presença do grupo fanático representado pelo Isis. (JSG)

 

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