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“A Fé é a fonte de fortaleza do povo filipino”, afirma Reitor da Basílica do Nazareno Negro

Filipinas – Manila (Quinta-feira, 11-01-2018, Gaudium Press) Dom José Clemente Ignacio, Reitor da Basílica Menor do Nazareno Negro em Quiapo, Manila, Filipinas, concedeu uma entrevista ao informativo CNA no qual expôs as características de uma devoção que atrai até 20 milhões de pessoas cada 09 de janeiro, a maior manifestação pública de Fé do país. A procissão do Nazareno Negro, que maravilha ao mundo por suas dimensões, é uma expressão da Fé do país. A procissão do Nazareno Negro, que maravilha ao mundo por suas dimensões, é uma expressão da Fé do povo filipino que lhe dotou de uma notável fortaleza para sobreviver em inumeráveis tragédias.

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“Dizem que os filipinos são resistentes, mas de onde vem essa resistência?”, questionou Dom Ignacio, segundo informou ‘The Catholic Register’. “É da prática de nossa Fé”. O Reitor expôs que a piedade popular do povo filipino frequentemente é desestimada “porque há elementos que necessitam purificação”, mas afirmou que “não podemos descartá-la, porque através da piedade popular nossa Fé se introduziu em nosso lar e nossas famílias. Nos foi apresentado o Rosário, as orações, as imagens dos Santos, a Via Sacra”.

Para o sacerdote, a participação em um evento como a procissão do Nazareno Negro encontra suas raízes na prática tradicional das peregrinações. “São Francisco de Assis, Santo Antônio, Santo Inácio de Loyola, todos eles fizeram peregrinações que envolveram sofrimento físico no processo de entrar no Mistério Pascal de Cristo”. Os fiéis filipinos realizam sacrifícios e fazem grandes trabalhos na procissão do Nazareno Negro, onde milhões de pessoas realizam seu melhor esforço para tocar a venerada imagem em sua passagem pelas ruas. “A devoção em Quiapo é de alguma maneira similar a uma experiência de peregrinação e a cada ano eles vem e algo muda nas pessoas”.

“A procissão a pé descalço de um trajeto de uma 4,3 milhas começa no Quirino Grandstand de Luneta e serpenteia seu caminho nas estreitas ruas. Passando através das vias, depois de 19 horas de júbilo espiritual, a procissão eventualmente chega a Quiapo à Basílica Menor do Nazareno Negro”, descreveu Dom Ignacio. “Os devotos fluem a seu lado para tocar a imagem e lançar telas que toquem a imagem (…). Nossa cultura é uma cultura do tato e, de forma significativa, de alguma maneira queremos tocar ao Céu”.

As estimativas calculam em uns cinco milhões a participação na procissão em si mesma, mas esta cifra “não inclui a multidão na noite muito menos a multidão que chega ao templo de Quiapo a cada hora”, explicou o Reitor. Os cálculos das expectativas divulgadas antes da celebração que incluem todos os eventos associados à celebração da Translação eram de até 20 milhões de pessoas. Na região capital do Metrô Manila calcula-se uma povoação total de 24 milhões de pessoas e numerosos peregrinos viajam de outras regiões do país para participar da festa religiosa. (EPC)

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