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A Vida Consagrada na Colômbia enfrenta grandes desafios

Colômbia – Bogotá (Sexta-feira, 19-01-2018, Gaudium Press) 2018 será um ano de grandes desafios para a Vida Consagrada na Colômbia, assim o assegurou o Padre Manuel Hernando Vega, Diretor do Departamento de Vida Consagrada da Conferência Episcopal da Colômbia (CEC) em entrevista com o Departamento de Comunicações do organismo eclesial.

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O sacerdote disse que a Igreja no país latino-americano enfrenta uma crise vocacional que se faz visível nas comunidades religiosas com maior tradição. “Se encontra coisas muito particulares. Por exemplo estas comunidades históricas, de grande tradição no país, há muito poucas vocações, e algumas comunidades nascentes com uma espiritualidade radical, uma autêntica vida cristã, a insistência permanente na conversão (…) são comunidades que estão tendo muitas vocações”, assinalou.

Complementou que entre os jovens está chamando muita a atenção que essa radicalidade no seguimento a Jesus, e que, pelo contrário, comunidades que tradicionalmente têm estado presentes, se veem neste momento diminuída no tema vocacional.

“Tenho conhecimento de comunidades femininas, sobretudo, que há mais de seis anos não tem nenhuma vocação. É um grande tema para reflexão. Como suscitar essa experiência”, alertou o Padre Vega.

Neste sentido, o sacerdote exteriorizou uma meditação: “Recentemente, ouvindo alguns religiosos em uma equipe intercongregacional, fizeram esta reflexão: viemos de uma grande tradição familiar na Colômbia, de famílias numerosas, famílias onde se tinham mais de quatro filhos, e geralmente dessas famílias surgiram vocações. Um filho foi se dedicava à vida consagrada ou à vida sacerdotal. Hoje em dia temos menos família. E são famílias com números muito pequenos, onde há apenas um filho, ou no máximo dois filhos, onde o tema vocacional para este estilo de vida parece não ser chamativo”.

Assegurou que este é um dos desafios que enfrenta este ano a Vida Consagrada: “Como fazer chamativa esta opção e este estilo de vida?”.

Para ele, o segredo pode ser na alegria a que tanto chama o Papa Francisco: “Esse teria que ser uma das maneiras como chamaremos a muitos jovens para esta tarefa”, afirmou.

O Padre Vega também adiantou que para 2018 se quer trabalhar “com todo o empenho”, no documento ‘Iuvenescit Ecclesia’ -A Igreja rejuvenesce-, da Congregação da Doutrina da Fé. “Este documento tem feito a Igreja, os Bispos, refletirem e ajudem a compreender tanto aos responsáveis pela Vida Consagrada, como aos mesmos consagrados, que os carismas que dá o Espírito Santo não se contrapõem nem se opõem aos carismas hierárquicos da Igreja”.

Diz que neste aspecto se terão muitas luzes: “Como se complementa o carisma do consagrado na vida da diocese, na relação com o Bispo diocesano, no relacionamento com os sacerdotes, com os párocos (…)”, manifestou.

Igualmente falou da importância de gerar um acompanhamento para a Vida Consagrada e ver “como o consagrado, vivendo em comunidade, tem que cuidar de sua vocação”. (EPC)

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