Pastores, caminhem ao encontro das dificuldades com ternura e proximidade, aconselha o Papa
Cidade do Vaticano (Terça-feira, 30-01-2018, Gaudium Press) Na homilia que o Santo Padre fez durante a Missa na Capela da Casa Santa Marta ele pediu para rezarmos hoje pelos nossos pastores, para que Deus dê a eles a graça de caminhar com o povo com ternura e proximidade.
Para Francisco, as atitudes do verdadeiro pastor são aquelas com as quais Jesus acompanhou o Seu povo: proximidade e ternura concretas, não rigidez nem julgamento.
Evangelho de Marcos
O Evangelho proposto pela liturgia para a terça-feira (30/01) narra dois episódios de cura que, para o Papa devem ser mais contemplados do que refletidos, uma vez que as palavras de Marcos descrevem “como era um dia na vida de Jesus” e que deve ser modelo e paradigma de como deveria ser a vida diária dos pastores, bispos ou sacerdotes.
Caminhar, ir ao encontro das dificuldades, com ternura
Jesus estava sempre seguido pela multidão, pessoas que o seguiam pelos caminhos, pelas veredas, pela beira do mar.
O Papa reflexiona sobre esta situação destacando que Jesus estava sempre no meio do povo:
“Jesus não abre um escritório de aconselhamento espiritual com um cartaz ‘O profeta recebe segunda, quarta e sexta das 3 às 6. A entrada custa tanto ou, se quiserem, podem deixar uma oferta”. Não. Jesus não faz assim. Jesus tampouco abriu um consultório médico com o cartaz ‘Os doentes devem vir tal dia, tal dia, tal dia e serão curados'”.
Segundo observa Francisco, “esta é a figura de pastor que Jesus nos dá”.
Mas, o Papa afirma que essa página do Evangelho ensina também que a multidão comprimia e tocava Jesus: por cinco vezes este verbo aparece na narração de Marcos.
“O pastor é ungido com óleo no dia de sua ordenação: sacerdotal e episcopal. Mas o verdadeiro óleo, aquele interior, é o óleo da proximidade e da ternura. O pastor que não sabe se fazer próximo, falta a ele alguma coisa: talvez seja o dono do campo, mas não é um pastor.
Um pastor ao qual falta a ternura, será um rígido, que bate nas ovelhas.
Proximidade e ternura: vemos isso aqui. Assim era Jesus”.
Graça a pedir: Proximidade e Ternura
Assim como Jesus, o verdadeiro pastor termina seu dia cansado, cansado de fazer o bem e, por causa deste seu labor apostólico semelhante ao de Nosso Senhor Jesus Cristo, o povo fiel sentirá nessa ação a presença viva de Deus.
Foi bem por isso que Francisco pediu que se rezasse:
“Hoje poderemos rezar na Missa pelos nossos pastores, para que o Senhor dê a eles esta graça de caminhar com o povo, estar presente em meio ao povo com tanta ternura, com tanta proximidade. E quando o povo encontra o seu pastor, tem aquele sentimento especial que somente se pode sentir na presença de Deus -e assim termina a passagem do Evangelho- ‘E todos ficaram admirados’.
A admiração de sentir a proximidade e a ternura de Deus no pastor”. (JSG)
(Da Redação Gaudium Press, com Informações Vatican News)
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