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Santa Sé ratifica Excomunhão de Sacerdote por quebrar Segredo de Confissão

Cidade do Vaticano (Quarta-feira, 14-02-2018, Gaudium Press) A Arquidiocese de Brisbane anunciou em um comunicado no dia 07 de fevereiro a excomunhão de um de seus sacerdotes, por ter quebrado o segredo de confissão em fato ocorrido no ano de 2016. O presbítero incorreu em uma excomunhão ‘Latae Sententiae’, a qual se gera imediatamente no ato mesmo e não em uma condenação da autoridade eclesiástica, e foi feita pública depois de que a Santa Sé investigou a ofensa e ratificou o parecer do Bispo local, Dom Mark Coleridge.

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“Em 2016, a Arquidiocese recebeu uma série de queixas sobre o Padre Ezinwanne Igbo. Em uma dessas queixas, se alega que cometeu um delito canônico, que resultou na excomunhão automática”, informou a Arquidiocese no comunicado oficial. “A Santa Sé autorizou um processo de investigação e o levaram a cabo advogados canônicos. O processo confirmou a acusação por unanimidade. O Arcebispo logo submeteu o juízo à Santa Sé, que posteriormente solicitou que a excomunhão se tornasse pública”.

A Arquidiocese esclareceu que de acordo com a situação do sacerdote, este não pode participar ministerialmente da Eucaristia de maneira alguma nem em outro culto público, não pode celebrar nem receber sacramentos, nem exercer nenhum ministério na Igreja. “A excomunhão permanecerá em vigor até que o Padre Ezinwanne procure e obtenha a remissão por parte do Papa, que é o único que pode outorgá-la”.

O caso, que corresponde à disciplina da Igreja e não tem relação com a lei civil, resulta significativo para ratificar a posição da Igreja sobre o segredo de confissão em momentos em que se colocou no centro do debate nacional. Uma polêmica proposta civil, rejeitada pela Igreja, buscava a suspensão do dever dos sacerdotes de manter o segredo de confissão em casos de denúncia de abusos. O Arcebispo de Brisbane convocou aos fiéis para três dias de jejum especial em reparação às vítimas de abuso por parte de membros da Igreja de 14 a 16 de fevereiro. Os Bispos do país apoiaram a iniciativa, descrevendo-a como “uma resposta autenticamente católica”. (EPC)

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