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Analista reconhece na renúncia à Fé uma autêntica causa do secularismo radical na Europa

Estados Unidos – Washington (Terça-feira, 20-02-2018, Gaudium Press) Em um artigo para a revista ‘First Things’, o autor católico e biógrafo de São João Paulo II, George Wiegel, pediu para abordar o que ele considera uma fonte de secularismo radical mais importante que as razões econômicas ou sociais frequentemente citadas: a renúncia particular às verdades da Fé e o enfraquecimento da pregação do Evangelho. A tese do escritor é claramente resumida no título do texto: “Homens sem convicções, templos sem pessoas”.

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“O abandono em massa da Europa de sua Fé Cristã é muitas vezes explicado como o subproduto inevitável da vida social, econômica e política moderna. Mas há muito mais na história da euro-secularização do que isso”, indicou Wiegel, que citou o exemplo de várias notícias recentes nas quais os ministros religiosos fizeram declarações públicas sobre sua falta de Fé. O escândalo de um sacerdote que substituiu o Credo por uma música na Itália e outro que cancelou as Missas de dos dias 1º e 06 de janeiro em protesto pelo suposto “apoio exclusivo de uma economia capitalista e consumista” no Natal são graves indicadores da crise pessoal que desemboca na crise geral.

Para o autor, “a secularização não é algo que simplesmente aconteceu com a Europa Ocidental, como a Peste Negra”. Em vez disso, “a secularização radical que transformou o coração do cristianismo no meio continente religiosamente mais árido do planeta tem ao menos tanto a ver com a redenção covarde dos ministros do Evangelho às modas teológicas e políticas, e sua consequente perda de Fé, que com o impacto da urbanização, a educação de massas e a revolução industrial na compreensão dos próprios sobre si mesmos”. A consequência de uma debilidade pessoal no anúncio do Evangelho é evidente: “Se o Evangelho não é pregado com convicção – a convicção de que a humanidade precisa da salvação e de que Jesus é o Salvador que nos liberta para a plenitude de nossa humanidade e nos dá a vida eterna – então o Evangelho não será crido”.

Se os fiéis continuarem repetindo as acusações das piores lendas negras elaboradas contra a Igreja, se não existe uma denúncia das distorções do Evangelho feitas pelo mundo ou se cai na transformação da Fé na promoção de ideologias políticas, é natural que os templos estejam vazios, explicou. “O cristianismo está morrendo na Europa Ocidental”, lamentou Wiegel. “Mas o Evangelho tem poder, e aqueles que acreditam nisso, e o pregam com a convicção que pode transformar e enobrecer vidas, ainda podem obter uma audiência. De fato, a medida que a pós-verdade se descompõem em formas cada vez mais estranhas de irracionalidade, a verdade purificadora e libertadora do Evangelho e a visão da vida bem vivida que se encontra nas bem-aventuranças devem ser uma oferta convincente”, concluiu. “Mas a oferta deve ser feita”. (EPC)

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