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Sacerdote missionário destaca assiduidade dos fiéis à Confissão na África

Espanha- Barcelona (Segunda-feira, 26-02-2018, Gaudium Press) O sacerdote franciscano, Padre Josep Maria Massana, que serve no Santuário de Santo Antônio de Pádua em Barcelona, Espanha, comparou seu ministério atual com as características de suas missões no Burundi, Malawi e Quênia. Em diálogo com Aleteia, o missionário destacou a maior frequência com a qual os fiéis nesses países chegaram ao Sacramento da Penitência.

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Uma das razões propostas pelo presbítero para justificar esta diferença é de tipo cultural. “Os africanos são muito diretos, têm mentes claras e pensamentos simples e sinceros”, expôs. Em contraste, as pessoas na Europa têm uma posição distinta diante da Confissão. “As pessoas parecem temer, talvez inconscientemente, olhar para si mesmas. A Confissão é como um espelho, enfrentamos para ver quem somos e como estamos”.

Como uma ajuda para superar esta barreira, o Padre Massana recordou que a Confissão não é feita perante o sacerdote, mas diante de Deus, a quem o sacerdote representa e através da qual o próprio Deus perdoa. “Na Confissão, Ele nos vê tal como somos, ele despeja todo seu amor, sua ternura e sua misericórdia. Disso se trata o Sacramento da Penitência”, indicou o religioso. “Neste Sacramento, Deus te fala. É quase como se Ele lhe dissesse: ‘Venha tal como você é, não me importo; te quero. Sempre te amei!”.

Outra razão que levam os fiéis africanos a confessar pareceria contraditória: nem sempre há sacerdotes disponíveis para celebrar o Sacramento. O anúncio da presença de um sacerdote para confessar motiva os fiéis a reservar um tempo e programar sua assistência com antecedência de forma que logo possam participar da Missa e receber a Sagrada Comunhão. Além disso, as celebrações comunitárias penitenciais são oportunidades para tocar os corações e as consciências dos fiéis distantes.

Finalmente, o sacerdote destacou a sinceridade dos fiéis africanos para confessar com toda clareza seus pecados e dizer as coisas como são. “Os africanos são mais simples. São cristãos, e esse é o fim da discussão”, indicou o Padre Massana. “Não precisam de um raciocínio complicado e complexo sobre ser cristãos. Para eles é um fato simples, natural e direto. (…) O comparo com a fome. Se você oferece comida a alguém com fome, essa pessoa comerá confortavelmente, mas se você tentar alimentar alguém que realmente não quer comer, ou quem não sabe o que está ansiando (o que é nosso caso), então tudo será muito mais difícil. O mesmo se aplica à nutrição espiritual”. (EPC)

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