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“Que o amor não seja fingido”, recomendação da segunda pregação da Quaresma

Cidade do Vaticano (Sexta-feira, 02-03-2018, Gaudium Press) Nesta sexta-feira Fr. Raniero Cantalamessa, pregador da Casa Pontifícia, proferiu a segunda das pregações da Quaresma deste ano para o Papa Francisco e seus colaboradores da Cúria Romana.

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“O fruto do Espírito é amor, alegria, paz…”

As meditações são realizadas na capela Redemptoris Mater, no Vaticano. O tema da meditação de hoje foi “O amor não seja fingido”.

“O ágape, ou a caridade cristã, não é uma das virtudes, nem que fosse a primeira; é a forma de todas as virtudes, aquela da qual “dependem toda a lei e os profetas”, afirmou Cantalamessa, com a citação de textos do Novo Testamento citando versículos doNovo Testamento (Mt 22, 40; Rm 13,10). 

Entre os frutos do Espírito que São Paulo indica em sua carta aos Galatas (5, 22), em primeiro lugar está o amor: “O fruto do Espírito é amor, alegria, paz…”.

O amor não seja fingido

Quando São Paulo recomenda que “O amor não seja fingido”, não se trata de uma das suas inúmeras exortações, mas a matriz de onde derivam as demais. Contém o segredo da caridade, do amor.
O que se pede ao amor é que seja verdadeiro, autêntico, não fingido, afirma o pregador franciscano para falar depois de uma intuição paulina em relação à caridade, indicando o coração como o “local” em que se decide o valor daquilo que o homem faz: ” O amor sincero consiste em amar-se intensamente ‘de verdadeiro coração’. “

Recordando que ‘o amor é paciente, é benigno, não é invejoso, Frei Ranieri Cantalamessa destacou que caridade hipócrita é aquela que faz o bem sem querer bem, que mostra ao exterior algo que não tem uma correspondência no coração.
Para ele, não se trata de atenuar a importância das obras de caridade, mas garantir a elas um fundamento seguro contra o egoísmo e infinitas astúcias dele.

Examinar-se…

O pregador franciscano recordou que cada um é convidado a examinar-se a si mesmo para ver o que está na raiz das escolhas que faz.

Interrogar se há a realeza de Cristo, a sua glória, o interesse Dele, ou a própria afirmação, o próprio “eu” e o próprio poder.

E preciso ver se a escolha é de natureza realmente espiritual e evangélica, ou se não depende, ao invés, da própria inclinação psicológica, ou pior, da própria opção política, sublinhou o Frei Raniero.

O pregador da Casa Pontifícia escolheu como tema das meditações para a Quaresma deste ano: “Revesti-vos do Senhor Jesus Cristo”. As meditações são feitas sempre às sextas-feiras e vão até 23 de março. (JSG)

 

(Da Redação Gaudium Press, com informações Vatican News)

 

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