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Franciscanos promovem Peregrinações Quaresmais aos lugares da Paixão

Israel – Jerusalém (Quarta-feira, 14-03-2018, Gaudium Press) Celebrar a Missa nos lugares onde ocorreu a Paixão de Jesus é uma tradição que remonta aos primeiros cristãos, e que todos os anos é revivida pelos frades franciscanos da Custódia da Terra Santa com as peregrinações quaresmais aos lugares da Paixão.

A primeira delas ocorreu no dia 25 de fevereiro na pequena igreja do ‘Dominus Flevit’, situada nas encostas do Monte das Oliveiras. Com a presença de um nutrido grupo de fiéis, e depois das vésperas, os franciscanos proclamaram as leituras e o Evangelho de Lucas 19, 41-44, que faz referência ao lugar: “Naquele tempo, ao se aproximar e ver a cidade, chorou por ela, dizendo: Se também você conhecesse neste dia a mensagem de paz! Mas agora permanece oculto aos seus olhos. Porque virão dias sobre ti, em que teus inimigos te cercarão e irão te apertar por todas as partes, e te jogarão contra o solo a ti e aos teus filhos que estão dentro de ti, e não deixarão em ti pedra sobre pedra, porque não conheceu o tempo de sua visita”.

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Justamente o telhado do Santuário, que foi construído em 1956 pelo arquiteto italiano Antonio Barluzzi, tem forma de lágrima para recordar aquele momento em que Jesus chorou ao ver a autodestruição de Jerusalém.

“As lágrimas de Jesus têm a ver com nosso presente, Jesus chorando sobre Jerusalém apela à vida atual de cada um de nós”, disse Dom Luigi Epicoco, professor do ‘Studium Biblicum Franciscanum’ ao pronunciar a homilia.

“Às vezes, nossa vida é percebida como autodestruição, mas a história de salvação do cristianismo começa quando nós já não podemos fazer mais nada. O impossível só pode ser feito por Jesus. Jesus não nos ensina a salvar-nos, mas a deixar-nos salvar”, acrescentou.

A segunda peregrinação quaresmal, que aconteceu na quarta-feira, 07 de março, ocorreu na Basílica da Agonia em Getsêmani, no templo que se edificou junto ao Monte das Oliveiras, onde se encontra a rocha onde se prostrou Jesus para rezar e padecer antes de sua prisão no caminho à crucificação.

No lugar, os franciscanos da Terra Santa, com a companhia dos fiéis, refletiram sobre a palavra “angústia” e sobre a tristeza vivida pelo Filho de Deus antes de dar sua vida pela salvação dos homens.

“Ser cristão significa ser humano e ser humano significa necessitar de amigos”, comentou o Padre Epicoco, que também pronunciou a homilia desta segunda peregrinação. Disse que Jesus, no momento da Paixão, também queria que seus amigos estivessem ao seu lado, mas experimentou uma profunda solidão, já que ficaram dormindo. “Jesus foi então o mais solitário, mas a partir desse momento, desde aquela noite, ninguém pode dizer que nunca mais que está sozinho”, acrescentou.

As próximas peregrinações quaresmais aos santos lugares da Paixão ocorrerão na quarta-feira, 14 de março, na Flagelação com uma Missa Solene às 17h; na quinta-feira, 15 de março, em Betânia, para celebrar a Eucaristia às 06h30 no túmulo de Jesus; e uma Missa na Igreja às 07h30. A última será na quarta-feira, 21 de março, em Litóstrotos, com a Missa às 17h. (EPC)

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