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“A obediência a Deus na vida cristã”: Quarta pregação da Quaresma para o Papa e Cúria Romana

Cidade do Vaticano (Sexta-feira, 16-03-2018, Gaudium Press) Frei Raniero Cantalamessa, pregador da Casa Pontifícia, deu continuidade a suas meditações das sextas-feiras realizadas para o Papa e seus colaboradores da Cúria Romana.

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O tema desta quarta meditação foi “A obediência a Deus na vida cristã” e o Frei Franciscano sua reflexão recordando que “Devemos ir à descoberta da obediência ‘essencial’, a partir da qual surgem todas as obediências particulares, inclusive aquela às autoridades civis”.Ele recordou que antes de tudo “existe uma obediência que diz respeito a todos – superiores e súditos, religiosos e leigos – , que é a mais importante de todas, que governa e vivifica todas as outras, e esta obediência não é a obediência do homem ao homem, mas a obediência do homem a Deus”.

Para o pregador da Casa Pontifícia, “a obediência a Deus é o fio do alto: tudo é construído sobre ela, mas ela não pode ser esquecida nem mesmo após a conclusão da construção”.

Em seguida, Cantalamessa fala sobre a obediência a Cristo, dizendo que é relativamente simples descobrir a natureza e a origem da obediência cristã: basta ver com base em qual concepção da obediência Jesus é definido, pela Escritura, ‘o obediente’.

E recorda que a obediência recobre toda a vida de Jesus e que a grandeza da obediência de Jesus é medida objetivamente “pelas coisas que sofreu” e subjetivamente “pelo amor e pela liberdade com que ele obedeceu”.
Obediência como graça, como voto

O pregador deu continuidade a suas reflexões falando sobre a obediência como graça, ou seja, o batismo:
“Pelo batismo, todos os cristãos são ‘votados’ à obediência, fizeram, em certo sentido, ‘voto’. A redescoberta deste dado comum, fundado no batismo, atende uma necessidade vital dos leigos na Igreja.

Obediência e imitação de Cristo

Devemos recordar sempre – continua Cantalamessa -a obediência como um ‘dever’: a imitação de Cristo.
Jesus aceitou a obediência externa e se sujeitou aos homens, mas, ao fazê-lo assim, não negou, mas realizou a obediência ao Pai. Precisamente isso, de fato, o Pai queria.

Obedecer apenas quando o que o superior diz corresponde exatamente às nossas ideias e às nossas escolhas, não é obedecer a Deus, mas a nós mesmos; não é fazer a vontade de Deus, mas a própria vontade.

Obediência a Deus: sempre podemos fazer

Ao finalizar frei Raniero Cantalamessa afirmou que a obediência é aberta a todos. A obediência a Deus é a obediência que sempre podemos fazer.

Quanto mais alguém obedece, mais as ordens de Deus se multiplicam, porque ele sabe que este é o dom mais lindo que pode fazer, aquele que fez ao seu amado Filho Jesus. Qualquer coisa que eu decida fazer, regulando-me com os critérios comuns de discernimento, será obediência a Deus. É dessa forma que se entregam as rédeas da vida a Deus! (JSG)

 

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