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Caminhando com Jesus, Rumo ao Calvário (13 e 14)

Redação (Terça-feira, 27-03-2018, Gaudium Press) Já próximo do Tríduo Pascal, publicamos as meditações sobre as duas últimas Estações da Via Sacra e com isto temos a intenção de favorecer nossos leitores a reflexionar sobre a Paixão de nosso Redentor e acompanha-lo em seu caminho rumo ao Calvário.

Hoje publicamos também a Oração Final que completa este ciclo de meditações.

Que elas tenham ajudado a todos a chegar a uma Páscoa radiante de graças e plena da compreensão e reconhecimento do amor misericordioso do Salvador para com cada um de nós.

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Décima Terceira Estação

Jesus é descido da Cruz

V/. Nós Vos adoramos, ó Cristo, e Vos bendizemos.
R/. Porque pela Vossa Santa Cruz remistes o mundo.

Depois disso, José de Arimatéia, que era discípulo de Jesus, mas ocultamente, por medo dos judeus, rogou a Pilatos a autorização para tirar o corpo de Jesus. Pilatos permitiu. Foi, pois, e tirou o corpo de Jesus.

Acompanhou-o Nicodemos (aquele que anteriormente fora de noite ter com Jesus), levando umas cem libras de uma mistura de mirra e aloés. Tomaram o corpo de Jesus e O envolveram em panos com os aromas, como os judeus costumam sepultar (Jo 19, 3840).

A Providência traça com perfeição as linhas da História. José de Arimatéia, além de ser nobre, era muito relacionado com Poncio Pilatos, reunindo, portanto, as condições favoráveis para dele obter a autorização necessária para que Jesus não fosse enterrado como um condenado qualquer, mas sim
como uma pessoa ilustre. Quem, a não ser José, teria coragem de se apresentar ao governador romano para lhe pedir o corpo de um crucificado?

Por isso, a respeito dele comenta S. João Crisóstomo:
“Veja-se o valor deste homem; põe-se em perigo de morte, atraindo sobre si as inimizades de todos, por seu afeto a Jesus Cristo…”

Que graça insigne destes a este José! A de poder descer da cruz, com o auxílio de Nicodemos, o Divino Corpo, vítima de valor infinito, e de sepultá-Lo.

Ó Sagrado Corpo de Jesus, vendo-Vos assim sem vida, sinto meu coração gemer.

Essas mãos que deram ordens aos mares e às tempestades, expulsaram os vendilhões do Templo e fizeram o bem por todo Israel, já não se articulam.

Os Vossos pés, que caminharam sobre as águas e trilharam todos os caminhos em busca dos necessitados, não se movem.

A Vossa voz, que fazia estremecer os fariseus, mas perdoava com doçura os pecadores arrependidos, já não se faz ouvir.

Uma só chaga Vos cobre de alto a baixo.

Ó Virgem Dolorosa, eu Vos imploro a insigne graça de manter diante de mim, pelo resto da minha vida, essa terrível imagem da gravidade do pecado.

Perdão, minha Mãe, perdão! E ajudai-me a nunca mais pecar!

Pai Nosso, Ave Maria, Glória

V/. Sagrado Coração de Jesus, vítima dos pecadores.
R/. Tende piedade de nós.

V/. Pela misericórdia de Deus descansem em paz as almas dos fiéis defuntos.
Amém.

 

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Décima Quarta Estação

Jesus é sepultado

 

V/. Nós Vos adoramos, ó Cristo, e Vos bendizemos.
R/. Porque pela Vossa Santa Cruz remistes o mundo.

No lugar em que Ele foi crucificado havia um jardim, e no jardim um sepulcro novo, em que ninguém ainda fora depositado. Foi ali que depositaram Jesus por causa da Preparação dos judeus e da proximidade do túmulo.

Depois (José de Arimatéia) rolou uma grande pedra à entrada do sepulcro e foi se embora.
Maria Madalena e a outra Maria ficaram lá, sentadas defronte do túmulo (Jo 19, 4142; Mt 27, 6061).

Uma grande pedra nos separa, neste momento, do Corpo Sagrado de Jesus.

Quem tivesse Fé, poderia adorar a Jesus em Corpo e Divindade presente no Sepulcro, e dEle se beneficiar, recebendo graças concedidas diretamente pelo Salvador. Esse foi o grande consolo das Santas Mulheres.

Por isso afirma São Jerónimo: “As mulheres perseveraram no seu dever, esperando o que Jesus havia prometido; por esta razão mereceram ser as primeiras a verem a Ressurreição, porque “quem perseverar até ao fim, se salvará.”

Felizes as Santas Mulheres! Mais felizes ainda somos nós, pois temos a Jesus em Corpo, Sangue, Alma e Divindade na Eucaristia.
Nela nós O adoramos, não com “uma grande lápide” de permeio, mas tão somente através das aparências do pão e do vinho.

A Vós, ó Virgem, recorro a fim de que me obtenhais de Jesus sepultado, a confirmação na graça de Deus para, um dia, seguindo os Vossos caminhos e os dEle, possa eu ressuscitar para a glória eterna.

Pai Nosso, Ave Maria, Glória

V/. Sagrado Coração de Jesus, vítima dos pecadores.
R/. Tende piedade de nós.

V/. Pela misericórdia de Deus descansem em paz as almas dos fiéis defuntos.

Amém.

Oração Final

 

Em Vós, ó Virgem Dolorosa, recordo a síntese de todos os episódios por mim meditados.
Que graças místicas não Vos devem ter sido concedidas em meio àquelas angústias! Graças de sentir em Si mesma as próprias dores do Redentor.

Não é sem razão que, debaixo de certo ângulo, Vós podeis ser chamada de Corredentora.

É a Vós que “recorro e de Vós me valho, gemendo sob o peso de meus pecados”, na inabalável convicção de que “nunca se ouviu dizer que algum daqueles que têm recorrido à Vossa proteção, implorado a vossa assistência e reclamado o vosso socorro, fosse por Vós desamparado”.

Mãe Dolorosa, é a Vós que recorro, imploro e reclamo pelo perdão de meus pecados, pela minha salvação eterna e pela total santificação de minha alma.

E muito Vos peço ainda pela sociedade em geral, e pela própria Santa Igreja Católica Apostólica e Romana, para que cheguem à plenitude de seu esplendor e graça, e possa assim ser realizada a proclamação universal do triunfo do vosso Imaculado Coração:

“Por fim Meu Imaculado Coração triunfará! “

Amém.

 

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