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Quinta-feira Santa: inicia-se o Tríduo Pascal

Redação (Quinta-feira, 29-03-2018, Gaudium Press) Hoje a Igreja Católica em todo o mundo dá início às cerimônias comemorativas dos dias considerados os mais importantes do calendário litúrgico.

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O conjunto das celebrações litúrgicas de quinta-feira, sexta-feira e sábado, assinalam os momentos da paixão, morte e ressurreição de Jesus e são denominados Tríduo Pascal. Eles conduzem ao ápice da Semana Santa que é a Páscoa da Ressurreição, no Domingo de Páscoa.

As comemorações do Tríduo Pascal remontam ao início do Cristianismo e seguem as indicações deixadas pelos Evangelhos sobre estes acontecimentos da Paixão e Redenção.

O Tríduo é desenvolvido em três dias bem característicos e tem seu início na Missa vespertina de Quinta-feira indo até as vésperas do Domingo de Páscoa. Na verdade, esses três dias constituem-se numa espécie de “centro de gravidade” do ano litúrgico da Igreja.

Ainda há pouco, na Catequese do dia 27, o Papa Francisco tratou do Tríduo Pascal nos seguintes termos:

“Durante o Tríduo Pascal, celebramos o mais importante mistério da nossa fé: a morte e ressurreição do Senhor Jesus.
Os cristãos são chamados a viver estes três dias santos como matriz da sua vida pessoal e comunitária, do mesmo modo que a memória do Êxodo o é para os nossos judeus.

De fato, no Tríduo, a memória do acontecimento fundamental da história humana, a morte e ressurreição de Cristo, renova na vida dos batizados o sentido da sua nova condição, como nos ensina São Paulo na Carta aos Colossenses: ‘Se ressuscitastes com Cristo, buscai as coisas do alto, (…) e não as da terra’.

Por isso, disponhamo-nos a vivenciar esse caminho espiritual junto com Nossa Senhora, que esteve ao lado de Jesus durante a sua Paixão e encheu-se de alegria com a sua ressurreição.
Assim, os nossos corações e as nossas vidas sejam realmente transformados pela força renovadora da Páscoa”

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As cerimônias do Tríduo

Nos primeiros séculos, as Igrejas do Oriente celebravam a Páscoa como os judeus, no dia 14 do mês de Nisan, ao passo que as do Ocidente a celebravam sempre ao domingo.

Foi no Concílio de Niceia, no ano 325, que foram apresentadas as prescrições sobre o prazo dentro do qual se pode celebrar a Páscoa, de acordo com cálculos astronómicos: primeiro domingo depois da lua cheia que se segue ao equinócio da primavera, que geralmente fica entre os dias 22 de março e 25 de abril.

Já desde o século II existem referências sobre a celebração da Páscoa, a festa central dos cristãos.

Quinta-feira Santa

A Missa vespertina da Ceia do Senhor, na quinta-feira, assinala o início do Tríduo com um caráter festivo, evocando a instituição da Eucaristia, a instituição do sacerdócio e o “mandamento do amor”, expresso sobretudo na cerimônia do lava-pés.

No final da celebração deste dia, o Santíssimo Sacramento é trasladado para um outro local para ali ser adorado. Em seguida, desnudando-se os altares.
Na os cobre, nada os enfeita, a tristeza com um misto de esperança e agradecimento está presente.

Sexta-feira Santa

Este dia está tem sua liturgia centrada na contemplação da Cruz, como sinal da morte de Cristo.
Neste dia não há Missa; a principal celebração é, fundamentalmente, uma ampla Liturgia da Palavra, que culmina com a adoração da Cruz e a comunhão eucarística e é realizada na hora mesma em que o Senhor entregou sua alma.

Sábado Santo

O Sábado Santo também não tem celebrações Eucarísticas ou de outros sacramentos. Por isso é considerado também como um dia a litúrgico. Ele é marcado pelo silêncio.

A ele segue-se a Vigília Pascal, a maior e a mais importante das celebrações da Igreja, uma cerimónia que integra já o calendário da Páscoa.

Esta cerimônia é composta por quatro liturgias: a liturgia da Luz, realizada em sinal de alegria, com a bênção do lume novo e o Círio; a liturgia da Palavra, que compreende nove leituras, sete do Antigo Testamento e duas do Novo Testamento, com o canto do Glória e do Aleluia a estas liturgias seguem se a liturgia Batismal e a liturgia Eucarística.

Ambas também já realizadas nos albores da Redenção e dentro das alegrias da Ressurreição, sem a qual, como diz São Paulo, nossa Fé seria morta. (JSG)

 

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