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“A divina misericórdia acompanha a vida do povo de Deus”, lembra Dom Bucciol

Redação (Sexta-feira, 06-04-2018, Gaudium Press) Conhecido como “Domingo Branco”, o segundo domingo da Páscoa é, para muitas pessoas, a recordação do dia da Primeira Comunhão ou Comunhão Solene, uma vez que era nessa data que se celebrava, preferencialmente, a primeira comunhão das crianças, considerada uma forma de ligar a Eucaristia à Páscoa, completando a alegria pela ressurreição de Jesus Cristo.

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No mesmo dia, também é celebrado pela Igreja a Divina Misericórdia, convidando os cristãos a se aproximarem de Deus, motivação essa que partiu de São João Paulo II, em maio de 2000, já que “foi na ressurreição que o Filho de Deus experimentou de modo radical a misericórdia do Pai, que é mais forte do que a morte” (João Paulo II, Carta Encíclica “Dives in Misericordia”).

Acerca desses assuntos, o presidente da Comissão para a Liturgia da CNBB, Dom Armando Bucciol, explicou que a decisão do papa tem uma longa história, ligada de maneira especial a Santa Faustina Kowalska. A mística polonesa, no dia 22 de fevereiro de 1931, em uma das primeiras revelações de Jesus, recebeu o pedido que se celebrasse a Festa da Misericórdia.

“A escolha deste domingo encontra motivações significativas nos textos litúrgicos. A oração do dia reza: ‘Ó Deus de eterna misericórdia, que reacendeis a fé do vosso povo na renovação da festa pascal’. A divina misericórdia acompanha a vida do povo de Deus que renova a sua fé com a celebração do mistério pascal”, afirmou Dom Armando.

Para o bispo, é impossível falar de misericórdia sem lembrar do Papa Francisco, que fez dela um dos aspectos mais significativos de seu serviço eclesial.

Vale ressaltar que o Pontífice decretou, inclusive, o Jubileu do Ano Santo da Misericórdia, que teve início em 2015 e seguiu até novembro de 2016. “No ano da misericórdia que celebramos, fomos convidados a crescer mais e mais nessa dimensão essencial ao ser discípulos do Senhor”, comentou o presidente da Comissão para a Liturgia da CNBB.

Toda essa insistência de Francisco em falar da misericórdia, conforme Dom Armando, revela uma deficiência e uma urgência. “Quando se fala muito de alguma coisa, significa que está em falta. Assim, podemos observar com a água, com a pureza do ar, a qualidade dos alimentos, a paz. De verdade, precisamos compreender e acolher a forte mensagem deste domingo”.

“Pedimos ao Espírito do ressuscitado que ensine a viver o pedido de Jesus: ‘Sede misericordiosos como vosso Pai é misericordioso’ (Lc 6,36). Quem participa e vive da liturgia, à escola da Palavra e alimentado pelo Pão do amor, com certeza, aprenderá a ser mais coerente com a fé que professa. A Palavra de hoje (1ª leitura) oferece, ainda, o exemplo da Comunidade de Jerusalém, onde os ‘fiéis eram estimados por todos. Entre eles ninguém passava necessidade’. A misericórdia se torna solidariedade, partilha e amor generoso”, concluiu. (LMI)

Da redação Gaudium Press, com informações da CNBB

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