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José é o “homem justo, capaz de se doar ao sonho de Deus”, afirma Papa

Cidade do Vaticano (Quarta-feira, 02-05-2018, Gaudium Press) No Vaticano, na manhã do dia 1º de maio, dia dedicado a São José Operário, o Papa Francisco recebeu numa audiência especial, 400 funcionários do jornal ‘Avvenire’, cotidiano católico fundado em Milão, há 50 anos.

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Na reflexão que o Papa fez ao grupo de funcionários e seus familiares ele tratou da figura deste santo trabalhador e o definiu como sendo o ‘homem do silêncio’.

O silêncio habitado pela voz de Deus

O Papa iniciou afirmando que “o silêncio de José é habitado pela voz de Deus e gera a obediência da fé” e recordou aos jornalistas ali presente que “o silêncio pode parecer como a antítese do comunicador”.

Para Francisco, José é um “Homem justo, capaz de se doar ao sonho de Deus, José se encarrega das pessoas e situações que a vida lhe confia: é um educador e pai que sabe fazer crescer a vida, acompanhar as pessoas e transmitir o trabalho”.

Comparando a marcenaria de São José à redação do ‘Avvenire’, um jornal onde o trabalho teve que ser reorganizado e harmonizado dentro das novas tecnologias e em colaboração com as outras mídias ligadas à Conferência Episcopal Italiana, o Papa quis sublinhar que “A dignidade humana não se relaciona ao dinheiro, à visibilidade ou ao poder, mas ao trabalho”.

Evangelho, anúncio da beleza e bem comum

Francisco convidou os jornalistas a focarem, por alguns instantes, a comunicação como verdade, beleza e bem comum:
“A Igreja sente que sua voz não pode faltar, fiel à missão que a chama ao anúncio do Evangelho da misericórdia. E a mídia oferece enormes potencialidades para contribuir na cultura do encontro”,

Voltando a São José, o Papa quis ressaltar que o marceneiro de Nazaré nos convida a reencontrar o sentido da saudável lentidão, da calma e da paciência:
“Com o seu silêncio, nos recorda que tudo tem início com a escuta, para abrir-se à palavra e à história do próximo” e, para Francisco, isto ” É o diálogo a vencer o medo e a Igreja deve ser seu artífice “

Recomendações

“Não se cansem de buscar a verdade com humildade; escutem, aprofundem, comparem. Contribuam para superar contraposições estéreis e prejudiciais e sejam companheiros de quem se dedica à justiça e à paz”, recomendou o Pontífice. E passou algumas recomendações aos ‘amigos do Avvenire’:

“Desejo que vocês saibam afinar e defender esta visão; que superem a tentação de não ver, afastar ou excluir. Encorajo-os a não discriminar, a não considerar ninguém como ‘excesso’, a não se contentarem do que os outros já veem. Que ninguém, além dos pobres, dos últimos e dos sofredores, dite a sua agenda. Não aumentem a fila daqueles que contam a parte de realidade já iluminada pelos refletores. Comecem pelas periferias, conscientes de que não são o fim, mas início da cidade”.

Paulo VI

Francisco mencionou um discurso de Paulo VI, feito em 1971, aos comunicadores:
“Não devemos fazer o bem de quem nos ouve, mas educá-los a pensar e a julgar”.

Foi então que o Papa encorajou os jornalistas a evitar a informação de fácil consumo, que não compromete; a aproximar-se das pessoas com respeito e a apostar em relações que constituem e reforçam as comunidades.

“Nada cria proximidade como a misericórdia”, reiterou o Papa para logo concluir com outras palavras de Paulo VI:
” Temos que ter um grande amor pela causa, dizer que acreditamos no que fazemos e no que queremos fazer. ” (JSG)

 

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